Pode ser... que eu esteja na praia, me sentindo só,
estando contigo no pensamento, nas mãos nervosas,
na boca ansiosa, nos olhos que choram tua saudade!
Pode ser... que meu olhar se espalhe, perdido nas ondas,
e te sinta chegando cristalina, na meiguice da água se
jogando,
preguiçosa, suave, arrebatadora... qual marolas invisíveis.
Pode ser... que te sinta em mim, forte como um oceano,
avançando, como avançam as marés, se impondo,
marcando nas areias os rastros de sua passagem!
Pode ser... que te sinta como a brisa do mar, perfumada,
que infiltra em todo recanto, e sem sentir, traz com ela
a vida, sem perceber, junto dela traz encanto!
Pode ser... que te veja toda, na tranquilidade que recebo,
respirando teu perfume no ar que me rodeia, lutando com a
saudade,
e me perceba, tentando dela fazer a indiferença de quem
odeia!
Pode ser... que continues comigo... em meus olhos que te
buscam,
na ausência que o corpo me estremece, na boca entreaberta,
em minhas mãos carentes, que acenam a pedir tua presença!
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