segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Vida! Vida? Vida.


Ouço o suspiro da jovem à chamada do amor, o choro da criança que recém nasceu, o ruído de freios, o grito de “assalto”, o estampido do tiro, o baque do corpo, o gemido da mãe, mais um que morreu!

Ando pela noite tão calma e serena, sob um céu estrelado, e mil namorados, que vejo sonhando, vivendo as horas suaves de quem quer amar! Também olho outros, em grupos, passando arredios, gritando a provocar, tentando agredir.

Tenho à frente um rosto, de homem, do campo, bem simples, a quem toda vida, por mais que lhe dê, jamais vai mudar, por tempo que viva, a forma tão bela que o mundo ele vê!

Vejo na vida de hoje, nos seres que existem, naquilo que fazem, na forma que vivem, distância tão grande do que gostariam, do que muito sonharam. Alguns trabalhando, alguns a flanar, alguns a viciar-se. Será isto viver?

Sinto que o “mundo do agora”, de homens cientistas, crianças precoces, com grandes artistas, com tantos progressos, com tudo instantâneo, não gera alegrias. É feito de lutas, é cheio de mágoas!

Penso na crença dos jovens, de outros mais velhos, mulheres e homens, tentando algum dia, se entenderem melhor, esquecendo rancores, talvez por vivência, buscando na terra um mundo melhor!

Penso em nascermos de novo, onde possa haver paz, com gente mais gente, sem pobres, sem ricos, poder ver nossos filhos crescendo a brincar, viverem amando, amar sendo amados, e olharem o mundo amando viver!  

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