quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Amar. Amar? Amar!


Sempre existimos! Desde que o mundo é mundo! Já fomos Imperadores, Rainhas, Conquistadores, e Heróis na vida real. Já vivemos todas as mudanças da civilização, ora em meio ao povo, e parte dele, ora enrustidos em altos postos. Já fomos Presidentes, Ministros, Deputados e Senadores, Governadores e Prefeitos. Sim, também já fomos Vereadores, Militares, Juízes, Secretários de Estado.

Já fomos ídolos, e ainda somos, no cinema, na música, na poesia, nas letras e ciências. Já sofremos muito, alguns de nós, pelo papel desempenhado e por sermos levados a não nos mostrarmos de fato! Outros ainda sofrem, mantendo a postura “à moda antiga” de viver a dualidade social. Pais e Mães de família que se obrigaram e ainda se obrigam a seguir uma rota de vida que não é a sua verdade!

Sempre fomos iguais a todos, nos deveres que nos são atribuídos, nas obrigações de nossa labuta, como parte de uma sociedade que exige o crescer e – a cada dia que passa – um melhor preparo. Sempre fomos iguais, ao pagar em dia nossos impostos. Sempre fomos iguais, ora aos ricos, ora aos pobres, porque estamos presentes em todas as camadas sociais.

Sempre estivemos em todos os continentes e raças. Não temos uma cor, uma religião, ou um país, ou continente preferencial. Somos católicos, protestantes, islamitas, muçulmanos... somos do candomblé, podemos ter olhos mais rasgados, nariz mais aquilino, corpo mais esguio ou mais recheado. Falamos todos os idiomas, em todos os lugares. Curtimos as mesmas músicas que todos curtem.

Em muitas ocasiões fizemos história, na pele de grandes homens e de grandes mulheres! Em outras, na pele de grandes cientistas, de grandes teatrólogos, de grandes escritores, de grandes músicos, de grandes intérpretes, no teatro, no cinema, nas revoluções que ocorreram através dos tempos. Em muitas ocasiões abrimos mão de nossos sonhos em prol do sonho maior de liberdade dos povos.

Mas... sempre, em todos os tempos, na história do mundo, marcamos nossa presença. E deixamos nosso legado. No entanto, ainda enfrentamos resistências, ainda encaramos “inimigos” declarados, em sua maior parte, portadores da ignorância e da intolerância. Ignorância por não saberem que “somos o que somos porque nascemos assim”. Como nasce cada um dos seres vivos que habita este nosso planeta.

Intolerância, porque criados, predominantemente, sob uma orientação falso-moralista, de quem tem medo de ser julgado ao mostrar sua natureza. Intolerância que vem dos tempos em que “nossos filhos tinham que sair à nossa imagem e semelhança”, quando, idealmente, deveríamos nos preocupar que cada um deles conseguisse ser feliz e buscar seus sonhos e seus caminhos, com total direito a serem eles mesmos!

Estamos a viver os primórdios de um novo século! Estamos a viver um período em que as redes virtuais ora aproximam, ora funcionam para manter afastamentos, podendo delas se fazer uso para difundir o ódio ou para defender o amor e o amar! Particularmente, estou entre os que sonham com o dia em que todos, indistintamente, ganhem o verdadeiro direito de “mostrar a cara”, amar na forma e no estilo que melhor aprouver à natureza de cada um!  

Um dia, em sala de aula, discuti sobre isto. Fui aplaudido e fui também taxado de “louco”. Pois saibam todos, dos mais antigos e preconceituosos, aos mais modernos, jovens e avançados, que em todas as grandes mudanças por que passou nosso mundo, sejam políticas, sociais, econômicas ou científicas, sempre existiu um louco que fez ou falou o inesperado. Vivamos nossas vidas, na busca da felicidade – algo tão pessoal e específico para cada um. E viva os loucos que inventaram o amor!

 

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