terça-feira, 19 de março de 2013

Gostamos de complicar as coisas! Ou não?


A vida pode ser muito simples. Por vezes, nós a complicamos, sendo responsáveis pela maioria das situações que nos afligem. Nunca é tarde para mudar. Não pregamos nenhum voto de austeridade ou pobreza. É preciso esforçar-nos para ser tudo que desejamos, para fazer de nosso mundo algo melhor, onde possamos viver e crescer com alegria, para levar uma vida mais confortável e satisfatória. Só não devemos permitir que isto nos domine e seja a determinante de nossas maiores preocupações. E, quando isto estiver a ocorrer, dizer a nós mesmos: “simplifique”! Caso isto não ajude, permita por algumas horas, ou alguns dias, dispor de uma sadia irresponsabilidade. Volte a descobrir a criança que estará sempre em cada um de nós. E, com os olhos dessa criança, que nunca morre, sinta-se leve e solto para curtir cada momento. Assim vivem aqueles que alcançam a longevidade. São sábios porque souberam dosar suas forças. Souberam tirar da vida as lições sobre evitar desgastar-se em vão. São os que ouvem muito e falam quando os solicitamos. E, não por acaso, nos ensejam portarem grande sabedoria.
Hoje as mudanças ocorridas colocaram homens e mulheres em pé de igualdade. Fomos forçados a reconhecer que a mulher tem direito ao sucesso, ao crescimento, ao uso de sua plena criatividade, e que, para as que assim desejam, existem desafios antes delas desconhecidos. Mas isto as surpreende também. Ainda convivem com o aprendizado desta nova realidade. Por um lado encontram grandes alegrias na liberdade que desfrutam e no respeito que inspiram. Por outro, descobriram que parte desta nova divisão de “funções” as sobrecarregou, porque falta, predominantemente  aos homens, apreenderem sua parte.
Dizer a verdade é, certamente, um dos principais componentes em uma relação. Mas, porque lidar com a verdade nem sempre é fácil? Não temos a intenção de afirmar que devam todos apresentar aos parceiros um relatório detalhado de tudo que já viveram. Muito pelo contrário. temos sempre o direito de guardarmos possíveis verdadeiros segredos, que somente a nós dizem respeito e a ninguém mais, e que, além disto, poderão nada somar em nossa relação. Mas há acontecimentos importantes em nossa história pessoal que, deixados de fora, podem representar "esconder" algo essencial e funcionar, depois, como uma armadilha para o casal. Recomenda-se, portanto, bom senso.É preciso ceder para manter a harmonia. Mesmo em uma união cheia de felicidade, não se deve exprimir desejos sem antes avaliar os riscos de ser rejeitado. Pergunte-se quanto seu parceiro o ama, quanto respeita suas diferenças, ou quanto desvaloriza o que você gosta, fazendo com que as suas preferências pareçam secundárias ou disparatadas. E faça esta avaliação constantemente, sobre como você o vê, como lida com suas ponderações e como valoriza suas opiniões e pontos de vista. Aqui, o segredo estará em conseguir definir limites entre o ceder e o abrir mão de suas aspirações completamente. É uma arte a luta pelo poder entre dois seres que se amam. Harmonizar os reflexos surgidos de experiências distintas de vida, lidar com as vontades, com os anseios e com os sonhos e decepções de cada um, exige esforço constante e um querer maior, no qual você e seu parceiro devem, um para o outro, saber abrir mão e restabelecer limites a cada dia.Jamais haverá uma união feliz se a proposta do casal for de se isolar do mundo. Não há lugar para "nosso amor contra o mundo". Se seu parceiro lhe exige que corte seus vínculos passados, se, por estar apaixonada, o seu mundo se torna menor, ou se a vergonha e o medo a levam a isolar-se, sua união não poderá ser feliz. Viver a dois é caminhar e crescer juntos. Nunca isolar-se dos outros e do mundo a nossa volta. Quando perceber que isto pode estar a ocorrer, ligue o alarme! Há algo errado acontecendo. E é algo grave. Não permitam, você e seu parceiro, que o problema se estenda. É chegado o momento de fazer profunda reflexão para avaliar os fatos e os hábitos que se estabeleceram. Avaliar posturas e reações, verificar qual a origem, o ponto de partida destas em cada um. Não se consegue ser feliz, não se cresce como pessoa, nada se soma, com o isolamento. Volta-se, então, à questão da verdade presente. É hora de falar de forma autêntica, retratando suas expectativas e ouvindo e tentando aceitar e ponderar as do outro lado. Só assim se poderá contornar os obstáculos e retomar o caminho do verdadeiro amor.

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