O
casamento, viver, ou estar juntos, não é, em si, um passaporte automático para a auto-estima. Para estar
bem com o outro, você deve, antes, estar bem consigo. Pergunte-se se gostaria
que um filho tivesse um casamento como o seu. Se a resposta for negativa, terá
que pensar o que isso significa, o que deve sofrer alterações, para que seu
filho não veja no casamento um lugar de tristeza, de submissão e de perda de
identidade pessoal. Viver bem a dois é somar vivências, buscar prazeres,
propiciar bem-estar, descobrir constantemente como ajudar-se a enfrentar as
vicissitudes, naturais e constantes, o que não deve ser encarado como uma
perseguição ou destino. E, para que isto possa se tornar uma realidade,
pensemos sempre em “nós”, deixando o “eu” em segundo plano, o que não significa
abrir mão de sua vida.Se um casal se prepara para discutir um assunto
importante, muitas coisas podem ser providenciadas para amenizar o clima e
ajudar nas conclusões. Colocar, por exemplo, uma música de fundo, que ambos
gostem. Está provado que isto aumenta o poder de compreensão mútua! Não há
vencedores quando um dos dois sente-se perdedor. Discussões devem servir para
que ambos ganhem algo, seja no conhecimento em si, seja no que sabem um sobre o
outro.Viver a dois não é uma disputa, é mais um dar as mãos, passar-se força,
ajudar-se a vencer obstáculos. Vigiar palavras, antes de soltá-las é hábito dos
mais saudáveis. Como, também saudável, é não acumular dissabores ou
contrariedades, que, um dia, mais cedo ou mais tarde, virão à tona, somados e
ganhando um teor de gravidade maior.A contrariedade acumulada gera forças
negativas crescentes. Avaliemos uma torneira que pinga. Se, ao percebê-lo,
tomamos a iniciativa de sustar o problema, pouco estrago terá ocorrido. Mas,
deixá-la a vazar por longo tempo, poderá ter conseqüências graves. Se não
prestarmos atenção, se a água que pinga não tiver vazão suficiente, iremos nos
deparar, em algum momento, com água se espalhando pela casa, estragando móveis,
exigindo uma enorme mão-de-obra, gerando corre-corre, esforço e cansaço. Tudo
porque não demos importância a uma simples gota de água que teimava em escapar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário