quinta-feira, 28 de março de 2013

Preliminares.... Jogo Principal... buscar Resultados


Há ocasiões, mais frequentetemente do que se comenta, em que a apatia se abate sobre um casal. Mais que para o homem, para a mulher é fundamental, ao momento do amor, que seu "despertar" seja composto do usar e prolongar preliminares, amando com todo o corpo, procurando novos centros de prazer, inovando em jogos e fantasias. Com certeza, estes serão alguns trunfos que podem ser utilizados por ambos para aumentar e ou recuperar o desejo sexual. E se o que está por trás da causa são problemas orgânicos, admitamos que, na maior parte dos casos, podem ser administrados ou tratados. É iniciativa que exige leveza e sutileza ao levar avante sua abordagem. Mas, se, de fato, desejamos recuperar o terreno perdido, não há muitas outras saidas.

"Só existem duas coisas importantes na vida. A primeira é o sexo e a segunda não me lembro", afirma Woody Allen. Para o famoso e criativo ator, diretor e escritor norte-americano "o amor é a resposta, mas enquanto esperamos por ela, sabendo aproveitar do sexo, podemos fazer algumas perguntas". Uma das interrogações mais freqüentes em muitos casais que outrora ardiam nos braços um do outro, é o que fazer quando a paixão arrefece, ou como podemos recuperar o desejo? Como eu o fiz, estudar um pouco, pesquisar sobre o assunto, além de trocar idéias com a(o) companheira(o), pode ser o melhor caminho para o sucesso, ou susexo (!), como queiram.

Este fenômeno, mais freqüente nas mulheres, embora também afete os homens, só que estes sentem real dificuldade em admití-lo, pode dever-se a fatores biológicos, como alterações hormonais, devido à idade, doenças endócrinas e neurológicas, ou, mais raramente, a sequelas de um tratamento ou intervenção cirúrgica. Quando mais jovens, neste rol entram as tensões do dia a dia, bem como os riscos surgidos em fases de depressão. Mas, na maior parte das vezes, a falta de desejo, designada como "desejo hipoativo" (olhem o estudo do assunto aparecendo), obedece a problemas  como os conflitos, ou falta de comunicação entre o casal, quando nenhum dos dois admite a percepção do tédio, ou a rotina que dominou na sua relação.

Na verdade, tentar apegar-se ao que já se experimentou muitas vezes não só é nefasto no terreno amoroso, como é provável garantia de aborrecimento e desengano sexual. Porque, usando o mesmo cardápio, poderemos esperar reagir com mais ou melhor apetite? No amor, ao contrário do restaurante, que pode ser escolhido a cada dia, estamos a lidar com os mesmos ingredientes. Somos eu e você! Há que se lançar mão de criatividade! A sexualidade deve ser divertida, variada, original, excitante, audaz, estimulante, e - se possível - inesquecível. Tudo, menos rotineira e repetitiva. Para que a cama funcione é imprescindível inovar e mudar. O sexo está em baixa? Deixe e incentive o outro a voar na imaginação, conseguir que. a cada vez, a paixão fervilhe. Então olhe em volta e veja aonde está a "cama" do dia! Que não precisa estar em seu quarto, nem ser uma cama! No mais... abra suas asas... solte suas feras...

 

segunda-feira, 25 de março de 2013

Uma Linda Mulher

Não tenho dúvidas quanto a estarmos vivendo um tempo em que a vaidade, a aparência, o “acabamento”, o supérfluo, e o artificial, têm sido supervalorizados. Este padrão de postura, predominantemente um privilégio das mulheres, já atinge, inclusive, bom número de homens. Os tempos da brilhantina e do laquê são coisas de um passado longínquo. Nos dias atuais o silicone, o botox, as plásticas, a maquiagem definitiva, os “enchimentos", viraram moda e mania. E passaram, praticamente, a ser uma parte importante de corpo e mente.
Isto me leva a meditar sobre o que seja ser bonito ou bonita. E recordo, embevecido, quando, década de 70, encontrei com Luiza Brunet a fotografar em Olinda, no Hotel 4 Rodas, à ocasião pertencente à extinta Varig. Certamente suas poses sensuais destinavam-se a algum calendário. Estava ela ainda em início de carreira, e tinha uma beleza natural que brilhava. Olhá-la de perto, ver seu rosto bonito, seu sorriso natural, seu corpo irretocável, era cena para gravar na memória.
Assistir aos primeiros capítulos de “Pantanal”, quando Carolina Ferraz surgia em, provavelmente, seu trabalho inicial em novelas, era “fotografar” um rosto muito, muito bonito mesmo, corpo não menos, e uma sensualidade que saltava de si. Principalmente seu rosto, a meu ver, por muito tempo, o mais bonito da TV brasileira, com seus olhos levemente centrados, uma bela vesguice que lhe dava mais charme ainda. E sua voz, assim, um tanto rouca, meio afônica, mas que resultava em um sussurro inebriante.
E porque me refiro às duas? Porque as via, as admirava, encantava-me como todo mortal, mas ficava a imaginar que mulheres seriam. O que traziam como pessoa? De que conteúdo eram feitas? Qual a possível magia que carregavam, ou transmitiam? Como pensariam ou se comportariam estas duas musas? Como seria conviver mais de perto, no dia a dia, com mulheres de aparência tão caprichosamente entalhada? Seriam em sua essência o que deixavam ver ao encontrá-las ou assisti-las?
E me vem à mente que o ideal das mulheres não deveria ser se produzirem tanto quanto o fazem agora. Porque ficam bonitas sim. Mas quem, ou o que, é uma linda mulher? Trabalhoso tramitar por este terreno que pode variar de pessoa para pessoa, já que afeito a conceitos. Mas, tenho minhas referências. E, verdade seja dita, conheço boa quantidade de lindas mulheres. Com algumas convivi, lamentavelmente, por pouco tempo, convívios fugazes. Com outras, tenho a felicidade de conviver até hoje.
Será que já pararam, as bonitas, as produzidas, as siliconadas, as plastificadas, as do sutian meia-taça, as bombadas de academia, para descobrir qual conteúdo possuem? O que reflete seu comportamento? Serão mulheres com quem se consegue conversar por mais que dez minutos? E quais serão os temas que com elas poderemos abordar? Serão pessoas que sonham em crescer, pessoal e profissionalmente? Que lêem um livro, um jornal, algo que lhes dê conteúdo? Serão movidas por algo mais do que apresentar-se como se à frente de um espelho estivessem sempre?
Bem, tentemos falar do que é ser linda e não apenas bonita. Linda é a mulher que possui naturalidade e se aceita da forma que ganhou ao longo da vida. Linda é aquela que amanhece disposta, sorrindo à natureza, e saindo aos afazeres que a esperam com disposição e alegria. Linda é aquela que inspira vitalidade, que cantarola ao pedalar, que deixa em quem a vê passar a impressão de vê-la pela primeira vez. Linda é aquela a quem nossos olhos retratam com encantamento, porque, mesmo sem ser bonita, passa vida e apego a seus sonhos.
Uma linda mulher conversa com entusiasmo, argumenta com firmeza, impõe-se pelo que domina do assunto a que se dedica, e sabe escutar com pureza humilde quando o conhecimento lhe bate à porta. Sorri rasgado, com boca, olhos e corpo. Sim, porque quem sorri de verdade, de forma autêntica, sorri inteiro. Linda é a mulher que passa emoção e envolvimento a tudo que faz. Linda é aquela que, como disse Ivan Lins, solta sua risada mais gostosa, e não tem vergonha de mostrar como se goza.
Linda é a mulher que, passados alguns minutos de conversa, deixa em nós a vontade de podermos continuar a falar e desfrutar de sua companhia. E que, sem nada usar, nos passa o perfume de sua figura de fêmea, de sua sensualidade latente e verdadeira, sem exageros ou comedimento. Linda é aquela que é solidária, desde as pequenas coisas, nos pequenos gestos, a companheira com que podemos contar, seja para o desafio maior, seja para o trivial e simples. Linda é a que não carrega pose, não escolhe a roupa, porque todas lhe caem bem.
Linda é a mulher que se alegra ao ver-se admirada, que se admira também, de forma autêntica, porque feliz com a vida e com sua busca pelos sonhos que a motivam e a levam a movimentar-se. Linda, porque em seus trejeitos fagueiros, de cabelos, rosto, seios, nádegas e pernas, que não são perfeitos, nos registra a imagem do desejo sadio, pelo conjunto que suas partes transformam em uma aquarela a ser admirada. E que, como toda obra de arte, se admira e se olha à distância, tentando gravar-lhe os detalhes para posteriores devaneios.
Linda é aquela que nunca se preocupou em avaliar se nasceu bonita, que não perde tempo com a frivolidade da produção, mas que, naturalmente e sem esforço, surge iluminada ao sair de seu casulo. E é linda porque é a fêmea original, que mostra tesão sem vulgaridade, que atrai por espalhar o pólen que brota de seu sorriso maroto, e vive o amor com simplicidade e sem rodeios, até porque vida, amor e sonhos se confundem nas atitudes de quem descobre que é fácil e simples ser feliz! Então, palmas à linda mulher, que nunca dependeu ou depende de ser bonita ou gostosa. Porque, sem retoques, já é uma Linda Mulher!

domingo, 24 de março de 2013

Segredos de uma Relação


Dizer a verdade é, certamente, um dos principais componentes de uma relação. Mas, porque lidar com a verdade nem sempre é fácil? Não temos a intenção de afirmar que devam todos apresentar aos parceiros um relatório detalhado de tudo que já viveram. Muito pelo contrário. temos sempre o direito de guardarmos possíveis verdadeiros segredos, que somente a nós dizem respeito e a ninguém mais, e que, além disto, poderão nada somar em nossa relação. Mas há acontecimentos importantes em nossa história pessoal que, deixados de fora, podem representar "esconder" algo essencial e funcionar, depois, como uma armadilha para o casal. É conveniente, portanto, usar de bom senso.É preciso ceder para manter a harmonia.
Mesmo em uma união cheia de felicidade, não se deve exprimir desejos sem antes avaliar os riscos de ser rejeitado. Pergunte-se quanto seu parceiro o ama, quanto respeita suas diferenças, ou quanto desvaloriza o que você gosta, fazendo com que as suas preferências pareçam secundárias ou disparatadas. E faça esta avaliação constantemente, sobre como você o vê, como lida com suas ponderações e como valoriza suas opiniões e pontos de vista. Aqui, o segredo estará em conseguir definir limites entre o ceder e o abrir mão de suas aspirações completamente. É uma arte a luta pelo poder entre dois seres que se amam.
Harmonizar os reflexos surgidos de experiências distintas de vida, lidar com as vontades, com os anseios e com os sonhos e decepções de cada um, exige esforço constante e um querer maior, no qual você e seu parceiro devem, um para o outro, saber abrir mão e restabelecer limites a cada dia. Jamais haverá uma união feliz se a proposta do casal for de se isolar do mundo. Não há lugar para "nosso amor contra o mundo". Caso seu parceiro lhe exija que corte seus vínculos passados, se, por estar apaixonada, o seu mundo se torna menor, ou se a vergonha e o medo a levam a isolar-se, sua união não poderá ser feliz.
Viver a dois é caminhar e crescer juntos. Nunca isolar-se dos outros e do mundo a nossa volta. Quando perceber que isto pode estar a ocorrer, ligue o alarme! Há algo errado acontecendo. E é algo grave. Não permitam, você e seu parceiro, que o problema se estenda. É chegado o momento de fazer profunda reflexão para avaliar os fatos e os hábitos que se estabeleceram. Avaliar posturas e reações, verificar qual a origem, o ponto de partida destas em cada um. Não se consegue ser feliz, não se cresce como pessoa, nada se soma, com o isolamento. Volta-se, então, à questão da verdade presente. É hora de falar de forma autêntica, retratando suas expectativas e ouvindo e tentando aceitar e ponderar as do outro lado. Só assim poderemos contornar os obstáculos e retomar o caminho do verdadeiro amor.

sábado, 23 de março de 2013

Somos os donos do Amor! Somos os donos do Amor?


. Aceitar e comprender que só podemos amar porque estamos nos amando, chega quando descobrimos que somos os responsáveis pelas nossas vidas e pelo que nos acontece. Então, poderemos levar alegria, entusiasmo, saúde, abundância, e criatividade para compartilhar com o outro. E estaremos atraindo os relacionamentos que sonhamos em nossas vidas.O maior instrumento de poder que dispomos se encontra dentro de nós: o nosso pensamento. Como a eletricidade, o dinheiro e tantas outras coisas que, em essência, não são boas nem más, o pensamento produz resultados de acordo com o uso que fizermos dele. Estamos continuamente interagindo com o cosmos, emitindo e recebendo vibrações, e, assim, criando as experiências que vivemos. Ao tomar consciência do poder de nosso pensamento, conquistamos a chave para abrir as portas que levam à realização dos sonhos mais distantes e, aparentemente, difíceis. Sim, em essência, somos energia. É essa energia que se torna matéria, transformando-se em corpo, mente e emoção. Se temos bons pensamentos e mantemos sintonia com as correntes carregadas de energia positiva, somos capazes de realizar ações que nos levarão à felicidade. Se abrigarmos pensamentos negativos de inveja, maldade, crítica e intolerância, nossas ações não poderão resultar em experiências positivas.
Todo mundo, independente de rótulos, ou posição que ocupa nesta vida, precisa da aceitação para ser feliz, assim como o organismo vivo necessita do oxigênio para sobreviver. A aceitação é uma das leis espirituais que nos conduzem ao caminho do amor, da paz, da saúde e de todas as realizações. Aceitação significa nos amarmos exatamente do jeito que somos, assim como desenvolver a capacidade de amar e de aceitar o outro exatamente como ele é. A aceitação do outro, passa pela auto-aceitação, que é o caminho que permite assumirmos o controle dos nossos destinos e, assim, escolher os padrões de relacionamentos que buscamos. Quando você se aceita, deixa de precisar gastar energia com desculpas, culpas, acusações e relacionamentos. onde parceiros funcionam como pára-raios - apenas para que se projete neles suas dificuldades de assumir as rédeas da sua vida. A aceitação daquilo que se é, abre nossos caminhos para a conquista de realizações, através do reconhecimento das próprias fraquezas e virtudes, de onde estamos, e onde desejamos chegar. Não importa se você está vivendo crises no casamento, atravessando momentos de solidão a dois, ou de insatisfação amorosa. As circunstâncias das nossas vidas são apenas um reflexo do modo como nos amamos e lidamos com os nossos problemas. Não procure lembrar no que poderia ter feito diferente no passado, de dispensar atenção àquilo que não funciona. A proposta é deixar de usar sua energia para ser infeliz, e aprender a utilizar-se de suas dificuldades como fonte de aprendizado. Este é o melhor presente. Saber que somos nós os construtores de nossos destinos, que temos dentro de nós as chaves para abrir todas as portas. Então, mãos à obra. Nao espere que seu parceiro solucione seus problemas, preencha seus vazios e supra suas carências. Isto é pura ilusão. O amor verdadeiro não tem nada a ver com isso.

sexta-feira, 22 de março de 2013

Aceitar e aceitar-se


Para pensar bem do outro é preciso, antes, que pensemos bem sobre nós mesmos. É necessário reconhecer as próprias qualidades e a potencialidade que trazemos dentro de nós e que nos torna capazes de crescer, aprender e avançar. Só é possível dar aquilo que se possui. Apenas quem é capaz de se amar e de se valorizar pode amar e valorizar o outro. O caminho para uma boa auto-estima está em cultivar bons pensamentos e ter em mente que eles são a nossa companhia mais constante.
Temos a opção de escolher, a cada momento, o que abrigamos em nossas mentes. Com atenção, esforço e responsabilidade, é possível detectar um pensamento pior na sua origem, e substituí-lo por outro que irá produzir resultados positivos. A melhor estratégia para se encontrar uma companheira ou um companheiro especial é tornar-se, você mesmo, alguém muito especial. O universo funciona como um espelho, e tudo aquilo que transmitimos retorna para nós amplificado.Para despertar os melhores sentimentos em alguém, é preciso pensar o melhor dele. Só assim estaremos irradiando o tipo de energia e de vibrações que desejamos receber, estabelecendo uma sintonia de amor e de harmonia nos nossos relacionamentos a dois. Pense o melhor do seu parceiro, acredite na harmonia e na felicidade a dois com todo o seu ser, trabalhe para isso e o resultado virá.
Os pensamentos nos fazem sentir emoções variadas, das mais alegres e elevadas às mais deprimentes e assustadoras. Essas emoções, por sua vez, influenciam a nossa mente, o nosso organismo e a nossa saúde, ajudando a nos manter saudáveis e bem dispostos ou nos tornando depressivos e doentes. Cria-se assim, um círculo virtuoso ou vicioso, dependendo do cuidado que temos com aquilo que abrigamos em nossas mentes. Assim, se queremos ter relacionamentos amorosos felizes, o primeiro cuidado a ser adotado é em relação aos nossos pensamentos.A lei da sintonia, como toda lei espiritual, pode não ser aceita ou compreendida, mas nem por isso deixa de produzir efeitos. Assim como a gravidade atrai os corpos para o centro da Terra, os nossos pensamentos têm o poder de atrair para nós aqueles relacionamentos que desejamos viver. Se nos dispomos a ver o que o outro tem de bom, nossas atitudes refletirão esses pensamentos e serão agradáveis e amorosas, despertando uma reação de igual natureza.Se pensarmos positivamente sobre as pessoas com quem nos relacionarmos, naturalmente, as nossas palavras o nosso modo de agir se tornará muito mais leve e atraente. O contrário também é verdadeiro. Quando focamos os pensamentos no que não gostamos no parceiro, desconfiando que ele irá nos trair ou desapontar, nosso comportamento muda. Tornamo-nos mais agressivos, ríspidos ou impacientes e o relacionamento vai perdendo a graça e se tornando pesado.

quinta-feira, 21 de março de 2013

A Dignidade a serviço do Amor


Não podemos, nem devemos, nos satisfazer em sermos apenas um número arquivado, catalogados de forma estatística, descobertos quando atrasamos um pagamento ou não recolhemos um imposto. Tem de ser mantido um elo mais forte entre as pessoas. As qualidades e a reputação têm mais valor que o possível lucro que propiciamos. É preciso tomar cuidados com a cultura que as modernas sociedades enfatizam cada vez mais, nas quais pouco ou nada valemos pela capacidade de nos relacionarmos uns com os outros. Ai pode estar a base das dificuldades de assimilarmos a tecnologia, vez que esta tende a nos isolar cada vez mais.Nossos contatos estão cada vez mais restritos, vez que o mundo virtual nos interliga e nos prende, gerando certo vício alienante. Passamos a aceitar a repetição, a apatia e o tédio, criando úlceras e tiques nervosos, além de gerar novos males, devido à falta de movimentos e à ausência de convívio verdadeiro. A verdade é que precisamos uns dos outros. No dia-a-dia não há ainda um substituto para o ser humano. Por maior que seja o número de circuitos e programas, não se fabricam pessoas, nem sentimentos, nem expressão, seja de dor, seja de prazer.

É preciso despertar os valores contidos em cada um. O amor não tem como florescer das máquinas e de novas tecnologias. É um tipo de sentimento que está relacionado ao próprio descobrimento, às próprias potencialidades, ao respeito que possamos sentir por nós mesmos, à dignidade com que nos devotamos em cada passo dado. O trabalho ajudará sempre a construir nosso futuro, a garantir nossa sobrevivência, mas não esqueçamos nunca que somos pessoas e com pessoas necessitamos conviver e descobrir o amor.
Poucos entendem que felicidade é algo que exige trabalho e dedicação. Todos nos queixamos de trabalhar muito, mas é o tédio que gera apatia e tristezas. A rotina cansa mais que a ocupação, já que esta nos mantém alerta, nos ajudando a crescer e manter a dignidade. A inatividade deprime, e gera um tempo cada vez maior e mais cansativo de enfrentar. Nosso interesse desaparece quando não possuímos motivação para levantar. As horas passam a ser um pesado fardo a carregar. Não basta ter família, amigos, alguns bens e dinheiro.Só quando compreendemos nosso valor como seres humanos, quando descobrirmos nosso espaço, quando nos reconhecermos como portadores de potencial intelectual e afetivo, é que podemos começar a desenvolver o senso de dignidade.
Nem todos transmitem esta mensagem. Dependendo dos problemas e das dificuldades enfrentadas, nos convencemos de que não possuímos o necessário para enfrentar a vida. Poucos são os que nos animam a tentar, a arriscar. Raros nos mostram que somos especiais ou nos abrem perspectivas para que enxerguemos nossos eus não descobertos.Precisamos descobrir o que sucedeu com nosso orgulho. Não o orgulho que diz respeito a arrogância e vaidades. Não o orgulho que serve para incentivar a auto-importância, mas aquele que ajuda a elevar o auto-respeito, altas expectativas e valores maiores em relação a nós mesmos, que nos traz uma consciência adequada de nosso próprio mundo. Orgulho de cuidar de nosso recanto mais pessoal, de sentir-nos bem com o que possuímos, de buscar e criar alegria em tudo que nos rodeia, de sorrir para todos, de refletir o que somos.
Porque alguém junta lixo na rua e o deposita em algum local adequado? Porque alguém planta uma árvore em sua rua, ou quintal? E porque a cuida, para que cresça viçosa? Porque a poda, caso seus galhos tomem formas ameaçadoras? E porque aduba o solo em sua volta, se preciso? Quiçá o faça, e é bem provável que assim seja, porque tem orgulho do lugar em que vive. E, se quiser que continue belo, respeitado, e admirado pelos outros, continuará a fazê-lo. Atitudes deste tipo refletem nos outros.Mas, o mais importante, é que, quem age assim, o faz por si mesmo. Trata-se de gestos que transmitem, nem sempre de forma consciente, o que desejamos mostrar que somos. Mas o fazemos, principalmente, pensando em nós mesmos. Não temos que nos preocupar, em primeira instância, se dão ou não importância àquilo que demonstramos ser. Sabemos que é mais fácil criticar do que construir, então, sejamos construtores.
Este é o primeiro passo para que nos orgulhemos de nós mesmos.Devemos sentir-nos produtivos. Ter uma atividade recompensa, nos aproxima de pessoas, nos traz a vida de volta, exige experimentar coisas novas, e deixa a sensação de recebermos algo em troca. E o homem é um ser que necessita sentir-se recompensado. Só pensar, planejar e sentir, não resulta em benefício se não traduzir uma finalidade real de agregar algo. Trabalhar não é um mal necessário. A vida ganha verdadeiro significado, os prazeres propiciados ganham sabores distintos, gerando animação e resgatando a dignidade.

Do ser Generoso


Ser positivo, manter esperanças, acreditar, é uma forma de buscar e obter inspiração, que só ajuda todos a saírem de si mesmos. E é preciso vencer as desconfianças natas. Nem todos recebem com naturalidade aquilo que lhe ofertamos. Pessoas suspeitam do que julgam não merecer. Como se aceitar as comprometesse.
Alguns vivem constantemente em guarda, em uma sociedade em que desprendimento e generosidade não são o mais comum. Negar-se a receber é uma postura de defesa. É preciso saber superar a rejeição, contornar o ceticismo, tentando mostrar que o amor é algo gratuito, ainda que extremamente valioso.Ajudar é uma das coisas mais recompensadoras. Quem ajuda, é ajudado a ajudar mais. Mas é preciso educar através da ajuda. No amor, como nas demais coisas da vida, só ajudar pode levar a estabelecer fardos a carregar. Não basta fazer, cada um, a sua parte. Há que se indicar caminhos, mostrar soluções, abrir frentes, para que cada um aprenda a caminhar com as próprias pernas. Sempre existirão necessidades. A visão de dar não deve ser estreita. Um olhar atento, uma orientação, umas poucas palavras, podem ajudar mais que muito dinheiro.O importante não é ser visível na ajuda, mas que os seus resultados possam ser notados. Ouvir quem necessita desabafar pode significar uma ajuda inestimável. Demonstrar compreensão, auxiliar com postura paciente, não prejulgar, colocar seu tempo à disposição de quem necessita de sua presença, são formas inequívocas de comprovar amor. E o amor assim o é, quando dado, quando demonstrado em atos de carinho. Sem isso, não passará de uma mera concepção abstrata, uma palavra apenas, cuja pronúncia perderá seu real significado.

quarta-feira, 20 de março de 2013

Ao grande pintor e amigo Emilio Santiago


Meu caro amigo, assim você nos leva a ficar tão emocionados quanto ao ouvi-lo cantar. Hoje cedo, já trabalhando ouvi falar de você. E, como é de meu feitio nestes momentos, me afastei dos outros, sai à rua para dar alguns passos e conversar com meus pensamentos. E acabei por ir muito longe no tempo. Reportei-me à minha infância no sul, gaucho que sou.

Voltei a Porto Alegre, lá por 1951 ou 1952, quando, com minha mãe ao piano, eu me atrevia a cantar “Alguém com tu”. Ela, e toda sua família, em sua maioria atuando na área artística musical, possuíam grande admiração pelo Dick Farney, então, a maioria das músicas com que iniciei minha vida de “cantor de chuveiro”, eram algumas das que ele havia composto ou gravado.

Tempos depois, com apenas 17 anos, um de meus primos, Claudio Slon, vem para o Brasil com seus pais e irmão, e se torna baterista de nosso ídolo. E passa, pelo resto da vida, a trata-lo por “meu pai da música”. Segue seu caminho no "Brasil 66", com Sérgio Mendes, e vai para os Estados Unidos. Meu outro primo, Victor Biglione, que muito menino, apenas 4 anos, aporta em nossa terra, torna-se, ainda muito jovem, um ícone da Guitarra, e trabalha, tocando e compondo, com todos os grandes músicos brasileiros, inclusive com você, Emílio!

Eu, que continuo por estas plagas, e me torno um profissional cigano, passo pelo Brasil, de Porto Alegre a Manaus, mas sem me desapegar da boa música e sem deixar de escutar os bons intérpretes. Uma das grandes emoções que vivi ocorreu na noite em que, ao entrar na Night and Day, me deparo com Jamelão a cantar “Ela disse-me assim”. E, de alguma forma, você é o Jamelão renascido.

E minha caminhada de lembranças pela vida e pela música seguiu adiante, lembrando amigos que fiz por onde passei. Roberto Barradas, Adilson Ramos, Altemar Dutra, João Carlos Vinhas, Ivon Cury, Claudette Soares, Tito Madi, Claudinha Telles, Marcos Valle, muitas vezes parceiro de meu outro primo, Victor Biglione, Cauby Peixoto, Carlos Cola, Zezé Motta, e muitos outros, é claro, sendo eu o parceiro-fã das canjas de fim de noite.

Então reencontrei você em meus devaneios, muito antes de conhecê-lo. Tenho cinco filhos, a quem criei com muito apego e música. Na sua fase das “Aquarelas”, Emilio, as tinha todas no carro ou em casa. E as ouvia cheio de encanto, tomado pela poesia que passava. E, quando meninos, nós dois, pois apenas um ano nos separa, ouvíamos dizer que aquarelas eram quadros, pinturas.

Assim, hoje a você me dirijo tratando-o por “grande pintor e amigo”. E lhe conto alguns fatos, passagens outras, nas quais você esteve comigo. Uma delas, quando, com apenas 7 ou 8 anos, Emanoelle, uma de minhas filhas, na boate de um hotel, aonde eu me arvorava a entoar Dick Farney, me pede que, junto com ela, cantasse “Verdade Chineza”.

E, mesmo eu, que era o responsável por isso, afinal o “dono” das músicas que a família escutava, me peguei surpreso e emocionado com o que já conseguira passar de bom gosto a eles, bem como por vê-la cantar a letra toda de forma perfeita. E, com Danilo, outro dos filhos, pouco mais adiante, quando saiu seu “Perdido de Amor”, uma homenagem sua ao grande Dick Farney.

Eu, que sempre, como falei antes, cantei “Alguém como tu” desde pequeno, o fazia bem diferente de Dick. E, ao escutar você interpretando esta música, de Danilo, escutei o maior elogio à minha longa vida de “cantor”. Simplesmente, ele falou: - Pai, o Emilio Santiago canta igualzinho a você!!!

Imagine amigo, o que senti naquele momento. Era a glória! Saber que Emilio Santiago, um monstro de grande voz suave, aveludada, que também poderia ser um tenor de nossa música popular, cantava Dick Farney igual a mim! Foi emoção pura, que revive até hoje, quando me permitem dar uma canja em qualquer lugar, mesmo que em uma roda de amigos.

Depois, pode ser que você nem mesmo lembre, afinal o artista é centro das atenções, e nós, seus fãs, por mais próximos e frequentes que sejamos, orbitamos em torno dele. Mas por duas ou três vezes estivemos a trocar algumas palavras em seus finais de apresentações. Ou, como, na Nossa Senhora de Copacabana, saída do teatro, juntos à porta, aguardando nossos carros, conversamos mais longamente.

Hoje, por sua causa, sou acusado por meus filhos de ter-lhes praticado lavagem cerebral. Porque, todos juntos, cantamos pelas festas e reuniões que a vida nos propicia, os seus Saigon, Perdido de Amor, Verdade Chineza, Alguém como Tu, Uma Loira, todas elas pedaços dessa maravilha de cenário que você pintou ao longo dos anos.

Assim é amigo, que, em alguns minutos, o filme passou rápido em minha mente, enquanto eu me refazia e me recompunha. Era obrigado a retomar meus afazeres, e assim o fiz. Deixei para conversar com você agora á noite, dedicando-lhe o tempo e a tranquilidade que você mereceu sempre de nós. E é o que faço agora.

Caro Emilio, você não nos deixou, porque está entranhado em nós! Poxa cara, que brincadeira é essa? Permitir que digam o que estão dizendo por ai! Você está a nos pregar uma peça! E, daqui a pouco, como vi no noticioso da televisão, estará de novo a brilhar no Flávio Cavalcanti! Ah cara, quantas vezes corri contra o tempo para poder te escutar ou ver na tv!

Então, para com isso! Brincadeira tem hora! Somos ou não somos amigos? Não fique nessa de querer homenagens! Nosso carinho e admiração por ti, desde o primeiro dia em que te ouvimos, é nossa melhor e constante homenagem, ao longo da vida toda! Você continua Caro Emílio! Mais vivo do que nunca, com suas canções que tanto nos emocionam, e com sua inigualável voz!

Abraço do Victor

terça-feira, 19 de março de 2013

Do estar só


Poucos admitem que seja normal desejar estar só, dispor de pequenos momentos de privacidade, meditar sobre nossas necessidades e desejos, ou simplesmente divagar e sonhar um pouco. Somos impelidos a “participar”, quando temos vitais circunstâncias em que deveríamos aprofundar diálogos com nós mesmos. Ao descobrirmos, ao identificarmos nossos pontos fortes e pontos fracos, estaríamos nos preparando melhor para encarar a busca de um abrigo seguro. Não somos felizes sem os outros, mas não podemos depender totalmente deles.Dispor de um espaço interior, só nosso, ajuda a não perdermos nossa individualidade e a descobrir nossos limites de resistência. Faz parte de nossa responsabilidade em nos tornarmos gente mais inteira, mais completa. Mais que tudo, nos leva a tomar decisões e saber escolher, sem precisar sempre incluir outra pessoa em nossas análises e opções. E, ao ganharmos esta condição, aprendemos a lidar com a solidão com menos temores e mais naturalidade. Aprendemos a gostar de nossa companhia.Temos que saber evitar nos tornarmos vítimas de nossos medos, o que, se ocorrer, toma conta de nossas vidas. A violência existe, e pode estar contida em palavras, em gestos, em olhares, sem necessariamente se materializar em uma agressão física. Todo momento trágico merece condenação, mas não pode nos impedir de desfrutar dos prazeres da vida. Se desejarmos viver intensamente, devemos ter preparo para enfrentar os riscos. Novas pessoas que conhecemos, inevitavelmente, são por nós avaliadas pelo seu potencial de violência, e não da alegria ou prazer que poderão nos proporcionar.Não podemos permitir que a confiança ceda lugar à suspeita. Desta forma estaremos criando obstáculos a novas conquistas de amizades, prendendo-nos às antigas. Temos que sair à rua, ainda que seja para ver pessoas. O sentimento de estar só aumenta nossos temores, nos deixa a impressão de estarmos desprotegidos, e, pior que isso, leva-nos ao isolamento. Se convivermos mais com as pessoas, estas se tornarão também mais receptivas e hospitaleiras.

Do Amor e do Saber


O amor é feito de toques, de carícias, do sentir um ao outro? Sim e não. É tudo isso, mas pode ser bem mais. O amor brota na mente, transmite nos olhos e nas palavras, e transborda e mostra toda sua plenitude nas mãos e nas respostas do corpo. Necessitamos todos do afago e da atenção para aprender o amor. Não sobrevivermos somente por atender necessidades biológicas. O amor e o sexo transcendem a estas, vez que são compartilhados com a química sensorial.A sensualidade e suas possíveis gratificações são parte fundamental da busca e da realização da felicidade. Nós, seres humanos, precisamos ser tocados, precisamos nos descobrir e sermos descobertos pelos outros, precisamos nos explorar e sermos explorados, sem o que não atingiremos nossa plenitude. Percorrer, em constante processo de descoberta, os caminhos do amor e da sexualidade, é missão a ser aceita e encarada. Mas, viver e desfrutar o amor e o sexo, exige lidar com verdades mutantes a cada fase vivida e a cada etapa ultrapassada. A mentira e a manipulação podem refletir de forma irreversível em qualquer relação, podendo esvaziá-la ou torná-la superficial ou insuportável, algo como uma tortura consentida. Como detectar a honestidade de propósitos e a verdadeira entrega mútua? Como corresponder plenamente aos anseios, às fantasias e desejos mais íntimos de cada um? Como fazê-lo de forma serena e vibrante? De maneira gradativa e, no entanto, integral. Conseguindo que cada dia seja mais um passo rumo à satisfação mútua?
O amor e o saber possuem mais pontos em comum do que poderemos perceber em uma primeira vista sobre os dois. Em ambos não há limites estabelecidos ou possíveis. Sobre ambos não podem pesar preconceitos. E - a maior das verdades - ambos sobrevivem de descobertas e da liberdade de buscar sempre mais.Em ambos o improviso é segredo de sucesso. A vontade de se entregar é ponto de partida junto com a expontaneidade com que nos dediquemos a buscá-los. É preciso se libertar de influências externas. Temos perdido a capacidade de nos surpreender. Esquecemos de sorrir, pois poucos sorriem. Nos limitamos nos gestos de afeto e atenção porque muitos esquecem de praticá-los.Esquecemos de dedicar mais de nosso tempo a escutar nosso coração e nossa intuição. Por que é que deveriamos escutar o que cada um pensa sobre "como" ou "o que" deve ser feito? Se o amor e a saber são tão particulares, tão ligados às sensações e necessidades individuais? É preciso, para que nos sintamos realizados, que ouçamos o que nos orienta a nossa necessidade de crescer e de ser feliz.E, se sentirmos alguma coisa, permitir que este sentimento sirva de mola propulsora para que amemos mais e mais intensamente, para que busquemos conhecer da vida e de nós mesmos, para que acumulemos saber, sempre em busca da realização de nossos sonhos. E isto não significa nos afastarmos dos outros. Quem ama - e amando também se aumenta o saber - sabe que não precisa ser perfeito, mas sim ser autêntico.Não é justo deixarmos de fazer algo levados pelo medo de não fazê-lo bem feito, ou por temer possíveis riscos. O amor e o saber melhoram as pessoas, e isto as faz serem uma presença agradável aos demais. E, quando somos os donos do destino de nossa maneira de amar e do nosso saber, nos tornamos mais interessantes e mais particulares. O que faz as pessoas melhores de conviver é aquilo que cada uma nos passa de sua busca por ser feliz.

 

Gostamos de complicar as coisas! Ou não?


A vida pode ser muito simples. Por vezes, nós a complicamos, sendo responsáveis pela maioria das situações que nos afligem. Nunca é tarde para mudar. Não pregamos nenhum voto de austeridade ou pobreza. É preciso esforçar-nos para ser tudo que desejamos, para fazer de nosso mundo algo melhor, onde possamos viver e crescer com alegria, para levar uma vida mais confortável e satisfatória. Só não devemos permitir que isto nos domine e seja a determinante de nossas maiores preocupações. E, quando isto estiver a ocorrer, dizer a nós mesmos: “simplifique”! Caso isto não ajude, permita por algumas horas, ou alguns dias, dispor de uma sadia irresponsabilidade. Volte a descobrir a criança que estará sempre em cada um de nós. E, com os olhos dessa criança, que nunca morre, sinta-se leve e solto para curtir cada momento. Assim vivem aqueles que alcançam a longevidade. São sábios porque souberam dosar suas forças. Souberam tirar da vida as lições sobre evitar desgastar-se em vão. São os que ouvem muito e falam quando os solicitamos. E, não por acaso, nos ensejam portarem grande sabedoria.
Hoje as mudanças ocorridas colocaram homens e mulheres em pé de igualdade. Fomos forçados a reconhecer que a mulher tem direito ao sucesso, ao crescimento, ao uso de sua plena criatividade, e que, para as que assim desejam, existem desafios antes delas desconhecidos. Mas isto as surpreende também. Ainda convivem com o aprendizado desta nova realidade. Por um lado encontram grandes alegrias na liberdade que desfrutam e no respeito que inspiram. Por outro, descobriram que parte desta nova divisão de “funções” as sobrecarregou, porque falta, predominantemente  aos homens, apreenderem sua parte.
Dizer a verdade é, certamente, um dos principais componentes em uma relação. Mas, porque lidar com a verdade nem sempre é fácil? Não temos a intenção de afirmar que devam todos apresentar aos parceiros um relatório detalhado de tudo que já viveram. Muito pelo contrário. temos sempre o direito de guardarmos possíveis verdadeiros segredos, que somente a nós dizem respeito e a ninguém mais, e que, além disto, poderão nada somar em nossa relação. Mas há acontecimentos importantes em nossa história pessoal que, deixados de fora, podem representar "esconder" algo essencial e funcionar, depois, como uma armadilha para o casal. Recomenda-se, portanto, bom senso.É preciso ceder para manter a harmonia. Mesmo em uma união cheia de felicidade, não se deve exprimir desejos sem antes avaliar os riscos de ser rejeitado. Pergunte-se quanto seu parceiro o ama, quanto respeita suas diferenças, ou quanto desvaloriza o que você gosta, fazendo com que as suas preferências pareçam secundárias ou disparatadas. E faça esta avaliação constantemente, sobre como você o vê, como lida com suas ponderações e como valoriza suas opiniões e pontos de vista. Aqui, o segredo estará em conseguir definir limites entre o ceder e o abrir mão de suas aspirações completamente. É uma arte a luta pelo poder entre dois seres que se amam. Harmonizar os reflexos surgidos de experiências distintas de vida, lidar com as vontades, com os anseios e com os sonhos e decepções de cada um, exige esforço constante e um querer maior, no qual você e seu parceiro devem, um para o outro, saber abrir mão e restabelecer limites a cada dia.Jamais haverá uma união feliz se a proposta do casal for de se isolar do mundo. Não há lugar para "nosso amor contra o mundo". Se seu parceiro lhe exige que corte seus vínculos passados, se, por estar apaixonada, o seu mundo se torna menor, ou se a vergonha e o medo a levam a isolar-se, sua união não poderá ser feliz. Viver a dois é caminhar e crescer juntos. Nunca isolar-se dos outros e do mundo a nossa volta. Quando perceber que isto pode estar a ocorrer, ligue o alarme! Há algo errado acontecendo. E é algo grave. Não permitam, você e seu parceiro, que o problema se estenda. É chegado o momento de fazer profunda reflexão para avaliar os fatos e os hábitos que se estabeleceram. Avaliar posturas e reações, verificar qual a origem, o ponto de partida destas em cada um. Não se consegue ser feliz, não se cresce como pessoa, nada se soma, com o isolamento. Volta-se, então, à questão da verdade presente. É hora de falar de forma autêntica, retratando suas expectativas e ouvindo e tentando aceitar e ponderar as do outro lado. Só assim se poderá contornar os obstáculos e retomar o caminho do verdadeiro amor.

Apenas uma gota d'água


O casamento, viver, ou estar juntos, não é, em si, um passaporte automático para a auto-estima. Para estar bem com o outro, você deve, antes, estar bem consigo. Pergunte-se se gostaria que um filho tivesse um casamento como o seu. Se a resposta for negativa, terá que pensar o que isso significa, o que deve sofrer alterações, para que seu filho não veja no casamento um lugar de tristeza, de submissão e de perda de identidade pessoal. Viver bem a dois é somar vivências, buscar prazeres, propiciar bem-estar, descobrir constantemente como ajudar-se a enfrentar as vicissitudes, naturais e constantes, o que não deve ser encarado como uma perseguição ou destino. E, para que isto possa se tornar uma realidade, pensemos sempre em “nós”, deixando o “eu” em segundo plano, o que não significa abrir mão de sua vida.Se um casal se prepara para discutir um assunto importante, muitas coisas podem ser providenciadas para amenizar o clima e ajudar nas conclusões. Colocar, por exemplo, uma música de fundo, que ambos gostem. Está provado que isto aumenta o poder de compreensão mútua! Não há vencedores quando um dos dois sente-se perdedor. Discussões devem servir para que ambos ganhem algo, seja no conhecimento em si, seja no que sabem um sobre o outro.Viver a dois não é uma disputa, é mais um dar as mãos, passar-se força, ajudar-se a vencer obstáculos. Vigiar palavras, antes de soltá-las é hábito dos mais saudáveis. Como, também saudável, é não acumular dissabores ou contrariedades, que, um dia, mais cedo ou mais tarde, virão à tona, somados e ganhando um teor de gravidade maior.A contrariedade acumulada gera forças negativas crescentes. Avaliemos uma torneira que pinga. Se, ao percebê-lo, tomamos a iniciativa de sustar o problema, pouco estrago terá ocorrido. Mas, deixá-la a vazar por longo tempo, poderá ter conseqüências graves. Se não prestarmos atenção, se a água que pinga não tiver vazão suficiente, iremos nos deparar, em algum momento, com água se espalhando pela casa, estragando móveis, exigindo uma enorme mão-de-obra, gerando corre-corre, esforço e cansaço. Tudo porque não demos importância a uma simples gota de água que teimava em escapar.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Amor, no trabalho e na vida


Ser expontâneo é amar a vida! Mas nosso "crescer", nosso envolvimento com as obrigações de cada dia, têm nos tirado a capacidade de exercer nossa expontaneidade. Estamos todos cada vez mais preocupados com o tempo e com nosso "uniforme". Esquecemos um pouco o que é rir, o que é dar uma boa gargalhada. Nos ensinam que devemos ser "discretos", limitando até algumas reações das mais saudáveis. Devemos evitar demonstrar nossas emoções. Não devemos nos expor.Mas, por que escutar os outros a ensinar como viver nossas vidas? Por que um homem não chora? Ou, por que uma senhora não deve rir de forma solta? Afinal, muitas vezes choramos de alegria, ou rimos das tristezas. É preciso que deixemos os outros sentirem o que estamos a sentir cada um de nós. Se tivermos vontade de dar um abraço, abraçarmos. Se tivermos vontade de fazer um afago, afagar. Não nos afastemos uns dos outros. E, com nossa naturalidade, vamos incentivar todos a agirem naturalmente.Quando nos tocamos, por estarmos próximos, mostramos que estamos vivos, e sabemos que a pessoa junto de nós está viva também. É mais fácil sermos naturais, sermos como, de fato, somos. O difícil é tentar ser como outros gostariam que fossemos. Desta forma, estaremos sempre a nos policiar, para não nos revelarmos distintos daquilo que esperam de nós. Acredite em você. Cada um de nós é um tipo distinto. Revele e valorize o seu, amando-se e fazendo-se amar. E viva a beleza de cada momento e o prazer de estar com cada um.
O amor está sempre de braços abertos! Bons relacionamentos profissionais também são feitos de receptividade ao novo, aos conhecimentos, ao aperfeiçoamento. Se você se fecha sobre o amor, descobrirá um dia que ficou segurando apenas a si mesmo. Se, em sua atividade, você não se propõe a aceitar inovações e opiniões alheias, também um dia perceberá que ficou para trás dos fatos.Assim como, no amor, amar significa entregar-se sem garantias, na expectativa de que nosso amor produza o amor na outra pessoa, no trabalho, a entrega e a doação, a busca da integração aos demais, são fatores que exigem tempo para propiciar retorno. Em ambos, óbviamente, há limites para confiar e aguardar, mas quem não confia em suas propostas e qualidades, pouco terá a esperar.A garantia de nosso sucesso, no amor e no trabalho, está mais baseada em nós mesmos e naquilo que inspiramos em nossas atitudes que, idealmente, devem ser coerentes com nossas palavras. Não é preciso dizer muito, nem muitas vezes. Mas é necessário mostrar, transmitir nos gestos, no olhar, no todo de nossa postura, o que buscamos e aonde queremos chegar.

Do melhorar o Amor


Porque não entender que chegou um momento mágico? Não olhar para o companheiro com simpatia e ajudá-lo a se descobrir, descobrindo-nos juntos em novas e intensas sensações do amor? Não é hora de suspeitas, dúvidas ou rejeição. Afinal, o que buscam os casais que, mesmo se amando, permitiram que o convívio fosse perdendo a emoção? Amor não é algo que se possa ou deva medir pela segurança que inspira. Ao contrário, possui algo de aventura, que ajuda a evitar as desventuras. É mais baseado nas descobertas mútuas do que na predisposição a aceitar o passar dos tempos.Assim, quando um dos dois tenta mudar e não encontra respaldo, a frustração tende a ser enorme e a gerar um retorno à mediocridade e ao não romantismo. Ao perceber no outro a falta de disposição, deixa de tornar-se um amante melhor, sem entender, ou sem conseguir dialogar sobre os porquês existentes, que levam o outro a não ensejar mudanças. E isto é, em parte, não querer aprender a amar. É carregar um certo medo de esforçar-se e ter paciência para melhorar. Um tipo de acomodação. E, acomodação é uma das piores inimigas do amor maior.Vivemos em uma cultura na qual tudo oferece possibilidades sobre “como deve ser feito”. Televisão, computadores, informações instantâneas, publicações de auto-ajuda, manuais, artigos, tudo nos indica caminhos para uma personalidade melhor, um corpo mais sarado ou mais enxuto, conquistar mais amigos, comer deforma mais saudável, desenvolver novas capacidades de assimilação, e tantas outras coisas. De certa forma, temos disponibilidade de informações que nos levariam a tornar-nos verdadeiros acrobatas sexuais, obtendo prazer em cada gesto, olhar ou toque.E, a tudo isto, encaramos com naturalidade, nos julgando capazes de desenvolver novas capacitações e habilidades, como se fossemos uma raça de fácil adaptação a novas situações e exigências. Porque então, resistirmos à idéia de que podemos, para nosso bem maior, aprender a amar de forma mais ampla. Nosso mundo não seria bem melhor se melhores amantes fossemos todos? Se investíssemos neste fim a mesma intensidade de esforços que investimos em passatempos e tantas outras coisas menos importantes?

sábado, 16 de março de 2013

Enfrentando (e superando) frustrações II


As pessoas são os únicos seres vivos que acumulam problemas e têm a notável capacidade de abarcar frustrações, inclusive dos outros. Temos um gosto especial por dores, como se já não bastassem as nossas. E a capacidade de amar é influenciada por este quadro. Vivemos em um mundo cheio de conflitos, sendo inevitável não tomar conhecimento deles. Mas, enfrentá-los e resolver um problema, não significa que acabaram nossas dificuldades. Outras virão. O que há de positivo nisto é que crescemos ao enfrentar, descobrindo nosso potencial e sendo obrigados a reconhecer nossas fragilidades. Enfrentar problemas práticos, como um defeito no automóvel, uma linha telefônica ocupada, um trânsito caótico, são comuns e geram nervosismo e por vezes frustrações. Tentar ler um manual de instruções é frustrante. E, quando procuramos por algo em uma gaveta. Porque é que sempre é a última coisa que enxergamos, por mais que esteja ao nosso alcance? Não vivemos todos estas situações? E, sempre haverá um amigo que vê tudo de uma forma mais simples que a nossa. Alguém para quem estes problemas parecem não existir.Mas, sem dúvida, são coisas que fazem parte de nossas vidas, como a morte e os impostos a pagar. Talvez ocorra que esquecemos, no dia-a-dia que só para a morte não há soluções. E, assim, em muitas situações em que, à nossa frente, está a saída mais lógica e tranqüila, alimentamos nossos problemas, conjeturando sobre mil possibilidades que nos criam problemas. Somos parte de uma sociedade que cultiva o difícil, que alimenta tristezas, que engrandece o ressentimento. O mesmo cuidado que temos para guardar coisas inúteis, ocupando nossos espaços, dispensamos a curtir e acumular frustrações. E, um dia, chegaremos a um ponto em que surgem as dúvidas, sobre se dominamos nossos problemas, se os conseguimos descartar de forma prioritária, ou se são eles que nos carregam e nos abandonam ao sentir-nos pequenos e cansados. Porque é que nos perguntamos sobre o que fazemos? Porque é que nos questionamos se deveríamos fazer outra coisa? Porque é que estamos constantemente a nos questionar sobre “se isto fosse de outra forma”? Afinal, bem sabemos que o “se” é algo que não existe. Mas é um forte apelo à amargura.

Enfrentando (e superando) frustrações


Há um pensamento, dos mais antigos, que diz que “o que não tem solução, solucionado está”. Pode ser uma tradução simplória e um tanto cômoda, mas traz em si uma grande verdade. Se algo não pode ser mudado, mudemos nós, nos adaptando e aceitando uma situação nova. Temos que ter consciência de que dificuldades existem para todos. Não há quem viva sem enfrentar algum tipo de problema, na vida pessoal, no trabalho, no amor, em suas relações. É preciso apenas que examinemos alternativas. Quanto maior seu número, menores os riscos de não encontrarmos uma solução.Para que isto se torne uma realidade, o tempo merece ser examinado e ganhar a importância devida. Para todos nós, o que dispomos de mais valioso é nosso tempo. É talvez a única coisa que, de fato, é irrecuperável. É importante que expressemos nossos aborrecimentos imediatamente. Uma das boas receitas para evitar que um problema se torne maior, é encará-lo de frente, sem perda de tempo. Se é natural do ser humano não gostar de esperar, porque temos o vício de deixar as soluções de nossos problemas para depois? Porque tentamos escondê-los de nós mesmos? O passar dos tempos realmente, devido às mudanças que sofre o mundo e que sofremos nós todos, indica que algo que foi um problema já deixou de sê-lo. Mas esta não é a regra geral. Em muitas, e na maioria, das vezes, somos surpreendidos pela dimensão que algo menor tomou, por não receber nossa atenção ao momento devido. E, nas relações do amor, praticar esta política pode ser fatal. Se o tempo não espera, não queiramos nós esperar por iniciativas que dependem somente de nosso querer. Reter frustrações, dúvidas, e problemas, são hábitos prejudiciais, que um dia apresentam a conta. Como um objeto que buscamos em uma gaveta, a solução para a maioria de nossas dúvidas está muito perto de nós. Nem sempre é a que gostaríamos de encontrar, pois pode contrariar expectativas que alimentamos sobre nós mesmos, uma pessoa ou uma situação. É esta noção que nos põe perante uma impressão de “não podermos enxergar” o que procuramos. Na verdade, há momentos em que “não queremos” admitir que seja aquela a solução adequada. E, resistindo a ela, vemos o tempo consumir nossas energias e nublar nossa razão. A sensação de frustração estará instalada.

Concessões do Amor


Dar e receber faz parte de qualquer relacionamento. É natural do ser humano a alegria de ofertar algo, desde a mais tenra idade à mais avançada. É prazeroso fazê-lo. Mas este hábito, que não permite cobranças, exige retribuição. A felicidade de proporcionar o bem não envelhece, mas se for mal entendida, ou não retribuída, pode cansar. Há, entretanto, hábitos de nossa sociedade, que induzem a mais valorizar as coisas do que seu significado. Por acaso não é assim que se encara, às vezes, um presente de natal ou de aniversário? Criou-se tal tipo de expectativa, que o gesto de presentear perde valor. Porque não nos presentearmos sempre? Com atitudes, que às vezes valem mais que mil presentes? Com palavras, que podem ajudar muito mais que algo material? Porque esperar por dias específicos? Será que é nestes dias que cada um mais necessita de atenção e carinho? E porque as pessoas têm tanta dificuldade em receber? Porque se constrangem ao tentar demonstrar a alegria e a gratidão que lhes toma conta? Quem dá com amor, um presente valioso ou apenas um gesto ou um elogio sincero, sente-se recompensado quando percebe que aquilo foi recebido com o mesmo espírito. Assim como ouvir é parte muito grande da arte de se comunicar, receber com alegria, com sensibilidade, com vibração, é uma forma de dar também. Não basta pensar em “como devo fazer”? Não basta ser comum, no “obrigado” ou no “fiquei feliz”. É preciso demonstrar isso, em suas feições, em suas reações, em seu todo.Aprendemos que o amor só é amor quando dado sem cobranças. Mas bem sabemos que, ao dar, geramos em nós mesmos a expectativa de receber. Amar é compartilhar o que temos, seja carinho, conhecimento, descobertas, crescimento, mas, acima de tudo, tentar estabelecer um equilíbrio nas concessões feitas, que nos conduza a permanecer juntos. Cada ato isolado, onde e quando acontecer, que carregue bondade, compreensão, entendimento e apoio, irá contagiar de alegria quem o percebe, transmitindo generosidade, e ajudando a educar para o amor verdadeiro.

Crescer e aceitar desafios


Olhamos para o passado, para o que já vivemos, na maioria das vezes, com carinho. Temos sempre a impressão que a vida era menos dura, mais despreocupada e menos complicada. É bem provável que as imagens negativas já vividas tenham se esmaecido com o tempo, mas, na verdade, o que ocorre é que há uma influência neste pensar, de nossa vontade, de tornar nossa vida presente menos problemática. A maioria de nós sente-se sobrecarregado de responsabilidades e da impressão, muitas vezes fundamentada, de ter que lutar sempre mais.Será que, de fato, a vida já foi mais simples, e menos carregada de dificuldades? Afinal, se falarmos com alguém mais idoso, que viveu tempos anteriores aos nossos, também, por vezes, escutaremos algo similar.

E será “por vezes”, porque cada um viveu a seu modo, contornando os obstáculos que teve a enfrentar. Mas muitos, e são muitos, terão passado por situações desesperadoras, reflexo de crises financeiras, de desemprego, de efeitos de guerras, de pressões sociais ou religiosas. Muitos, que fizeram fortuna, lembram de tempos em que nada tinham e se sentiam mais felizes e realizados. Porque, na verdade, à medida em foram amadurecendo, não buscaram lutar por esta vida simples e descomplicada que alegam ter-lhes propiciado sua melhor fase. Não perceberam que, quanto mais possuíssem, mais seriam possuídos pelo que possuem, o que não é, necessariamente, o melhor. Alguns chegam a se definir pelo número de coisas que possuem, esquecendo que a única coisa que se leva da vida é aquilo que cabe em nossa urna funerária.

Então, porque não encarar a vida, nosso dia a dia, nossas relações, como mais um ponto de partida para descobertas e busca pela felicidade e pelo prazer? Porque não deixar de lado os preconceitos, porque não se abrir para as possibilidades com que nos deparamos? Porque não incentivar nossos companheiros, nossos parceiros, a viver cada dia, cada momento, tentando tirar-lhe o melhor proveito? E, quiçá, um dos pontos de partida para descobrir e trilhar novos caminhos, seja justamente ouvir o outro e enterder-lhe os anseios. Sem julgamentos, sem receios, sem nos prendermos a conceitos preconcebidos. Viver a dois deve ser um exercício de buscar a própria felicidade na felicidade do outro.
Não devemos ter medo de amar sendo da forma que somos. A coisa mais fácil é ser como você é, como se sente ser. O difícil é tentar ser como os outros querem que seja. Mas, lembre-se, a pessoa que ama é aquela que vê a alegria de descobrir e sentír você com todas as diferenças. Tudo e todos estão sempre se modificando. O pôr do sol é diferente a cada dia. duas flores do mesmo tipo são diferentes entre si.É preciso acreditar no aqui e no agora. Se você vive em função do amanhã, que é apenas um sonho, então tudo o que terá será uma perspectiva de sonho irrealizado. Já o passado não é mais real. Seu valor está em tê-lo feito como você é hoje. Mas este é todo o valor que possui. Então, viva o agora! E busque captar a beleza e o que há de boas sensações em cada momento vivido.Quem ama não precisa ser perfeito, apenas humano. A perfeição assusta, ainda que devamos tentar melhorar e crescer a cada dia. Mas perfeição assusta. Teremos sempre medo de fazer algo se desejarmos fazê-lo com perfeição. O ceramista não consegue fabricar dois vasos de cerâmica iguais, ainda que busque fazê-lo. Então, não espere a aprovação total do que faz, faça! E assuma os riscos, mas também a satisfação de ter realizado algo.
O oposto do amor não é o ódio, mas a apatia. Com ela nada se sente. É preciso buscar suas formas de ser feliz. Mas isto só ocorre quando se realiza algo. E quem ama reconhece nossas necessidades, se preocupa conosco, e tenta ajudar-nos a caminhar pela vida. Busque alguém que o escute, alguém que o veja, apenas uma pessoa, mas que esteja junto de você intensamente. E será mais fácil encontrar o caminho a percorrer.