(1972)
Ainda lembro o instante em que te vi vez primeira.
Hoje padeço inquietante, ao lembrar de ti, faceira!
Dominante eu me julguei, subjugada te pensei,
insinuante eu me tornei, e, dominada, te amei!
Muitos dias a vivermos, alegrias a sentirmos,
foste o jogo que eu jogava, qual flor que admirava!
Depois o tempo, convívio, contratempos, choro, alívio,
nossa vida era comum, nos víamos tal qualquer um!
Hoje longe, mesmo juntos, sinto saudades do início.
És ausente, amuada, e felicidade é só um vício!
Passamos outros na rua, te olham: ciúmes de ti.
Imagino que te sintas linda, como um dia te vi!
Bem gostaria de poder o passado reviver.
Talvez parado, te olhar, falando: - Quero te amar!
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