terça-feira, 25 de setembro de 2012
Encontros / Despedidas (escrito em 1969)
A mala aberta, ainda vazia, o peito tremendo, coração pulsando...
Tua partida chegando, no dia a dia.
E a saudade aumentando, sem chegar ainda!
Por trás da mala vazia, o eco do tédio que se forma,
as paredes enormes... o teto desabando.
Um dia chegaste como quem ia ficar,
Agora partes, como quem deveria permanecer.
Hoje és arrancado pouco a pouco de nossos dentes,
és apagado de nossos dedos, de nossos sentidos,
que apenas te adivinharam...
E, por um período, contiveram a vida de ter-te por perto.
Distraidos... nunca percebemos teu aconchego.
Vieste leve e livre, como chegam os pássaros, festejando o verão...
E, em torno de nós, e junto conosco, voaste,
sem ter mesmo nunca nos olhos a permanência.
Mas... nós não vimos....
tão enlevados e absortos estávamos com tua presença!
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