Não olhemos, um para o outro, com os olhos voltados ao “passado, que era tão bom”. Ninguém vive de emoções já vividas. Relembrá-las, neste caso, só ajudará a criar mágoas e não é o que se deseja. É preciso romper com esta mesmice estabelecida, e permitida por ambos! Nada de novo vai acontecer se ambos ficarem a esperar um pelo outro.
Temos que buscar recuperar o ardor! Reacender as paixões. A mulher deve cultivar sua beleza (que não é só física), intuição, carinho, afeto e ternura. O homem, buscar o cavalheirismo, determinação, iniciativa, atenção e coragem. A intuição feminina, aliada à coragem masculina, vai gerar resultados que trazem novas e encantadoras descobertas. Ainda que, por vezes, por questões de características pessoais, estes possam se inverter.
Nada impede que o homem use sua intuição, e que a mulher deva reagir cheia de coragem. O importante é que encontrem o caminho para retomar o amor em toda sua plenitude. Trata-se de recompor a paixão e buscar o êxtase. Mistério, aventura e assombro, a imaginação, e novos desafios, são componentes sutis desta busca, que se mescla em tocar e ser tocado, ver e ser visto, fazer e permitir que o façam conosco, dar carinho e receber carinho, provocar e ser provocado.
Quanto tempo faz que vocês não viajam sós? Uma viagem para restabelecer a cumplicidade, para se curtirem juntos, para se permitirem “esquecer do mundo lá fora”? Para voltar a sentir a magia e o prazer de curtir-se mais. Não há fórmulas mágicas. A cada dia vemos mais livros e revistas a falar sobre os “segredos” para redescobrir-se no amor. A cama, por exemplo, é dividida ou compartilhada? Se for dividida, nada bom. Compartilhá-la significa “usá-la” em função de algo bom para os dois.
Cama é lugar para se refazer das mazelas da vida. É lugar para sonhar, não só ao dormir. E este sonho deve ser vivido, desenvolvido a dois, trabalhado, para que seja melhor a cada dia. E isto não é impossível. Não sem motivo, a cama é lugar de intimidade. Ser íntimo é reconhecer no outro suas necessidades, não só do sexo, mas da vida como um todo.
Ser intimo é possuir sintonia, sentir o bem-estar ou o mal-estar do outro. Ser íntimo é estabelecer uma troca contínua de energia positiva. Ser íntimo envolve fazer sexo, mas não apenas isso, como fazê-lo com prazer e com a preocupação de proporcionar prazer ao outro. O gozo solitário não é um ato de amor. Amar pressupõe entrega, que é abdicar de suas reivindicações. Porque no amor, a melhor forma de reivindicar é levar o parceiro a perceber e entender nossos gostos e anseios através do que lhe ofertamos.
Da mesma forma que ensinamos a criança a beijar, beijando-a, ensinamos e sugerimos ao nosso parceiro aquilo que gostamos, praticando nele o que desejamos que pratique em nós. Ao momento em que cada um se libera e demonstra seu gostar, naturalmente se estabelece um “diálogo”, em que, através de atitudes, você se expressa, comunicando “veja bem, é assim que eu gosto”, “é desta forma que você pode me agradar também”, “é este o caminho para meu prazer”, “assim você consegue que eu me libere e me entregue”.
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