Pessoas manipuladoras agem, predominantemente, atacando às outras, para justificar sua opinião, tentando desprestigiá-las em público, permanecendo em silêncio, ou mostrando desinteresse e impaciência, dando a impressão de querer que possíveis visitas se retirem o quanto antes, impedindo a presença de amigos, ou indo, ostensivamente, fazer outra coisa, esquivando-se de compartilhar com eles. Segundo Isabelle Nazaré Aga, tentativas de contra manipulação devem ser verbalizadas, de forma a impedir a instalação do terrorismo.
Pessoas indiferentes às tentativas de manipulação, ou provocações de alguém, são as que conseguem não entrar do jogo do manipulador. Ameaças, ataques, críticas, ou qualquer outro meio de desestabilização emocional não detonam medo, desconforto ou intimidação em pessoas que não se deixam abater por estímulos negativos. Ou, serão aquelas que aprenderam a se defender por já terem convivido com manipuladores. Estes, aliás, se afastam rapidamente daqueles que escapam a seu poder.
Para o manipulador é fundamental sentir-se superior e no controle da relação, o que não acontece quando alguém não reage às suas provocações. Diante disso, é bem provável que, quando um parceiro manipulador perceber que o manipulado começa a agir diferente, e já não entra no seu jogo como antes, comece a pensar em se afastar. Esta é uma idéia que se fortalece, à medida que o comportamento do outro se cristaliza. É preciso ter em mente que é praticamente impossível despertar amor verdadeiro em um manipulador, ou ser feliz a seu lado.
Envolver-se emocionalmente com pessoa deste tipo é conviver com grande risco para a auto-estima e para a própria liberdade. O parceiro manipulador, aos poucos, se coloca como líder do relacionamento, sufocando o outro, ao mesmo tempo em que se mostra cada vez menos amoroso, gentil e capaz de manter o respeito e o afeto que deram origem à relação. Fortalece-se, essencialmente, enfraquecendo o ego de sua vítima.
Mas, o exercício da manipulação é ainda pior na esfera amorosa, porque o manipulador atua de forma insaciável, sempre disposto a minar a autoconfiança do parceiro, transformando-o em mera muleta, na qual se apóia para viver. Além de agressões verbais, críticas, e atitudes de falsa surpresa diante de um erro, ele também faz tudo para afastar o parceiro dos amigos e da família, de modo a criar o vazio em torno do outro.
Consegue enfraquecer a rede de amizades do companheiro e, principalmente, afastá-lo de amigos anteriores à sua união. Muitas vezes, não o proíbe abertamente e, aparentemente, pode encorajar o parceiro a ter amigos. Mas o fará só aparentemente. Quando isso acontecer, dará um jeito de detonar a amizade e de se mostrar desagradável, fazendo com que o parceiro sinta-se cada vez menos à vontade e acabe por afastar-se de todos.
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