segunda-feira, 20 de maio de 2013

A chuva e eu

Há fenômenos que mexem com nossas vidas, alguns com nossas emoções, outros com nosso descanso, alguns que tiram a tranqüilidade, outros que nos ajudam a recuperá-la. Quiçá o chover seja um dos que mais reações ocasionam, e distintas em cada um de nós, viventes. Por exemplo, em mim sempre levou ao pensar, e, quando criança, a longos devaneios.
O chover, sem dúvida, gera alguns incômodos a quem se desloca para trabalhar, ou o faz ao relento. Amanhecer o dia e encontrar um quadro destes, na maioria das vezes, nos obriga a mudar parte de nossos planos. Por vezes trocar de indumentária, municiar-nos de acessórios, calçarmos outros sapatos, usar outros meios de transporte.
E, se a chuva vier acompanhada de baixa temperatura, aumentam nossas necessidades de nos aparelharmos adequadamente. No sul do país, se o vento for ingrediente adicional, chegamos ao clímax. O mal estar se generaliza em nós. Sairemos às ruas com a certeza de que vamos enfrentar uma luta desigual. Luta em que a natureza sairá vencedora.
Bem me recordo de infindas manhãs ou tardes de inverno em Porto Alegre, nas quais, ao concluirmos nossos deveres de casa – assim eram chamados exercícios que recebíamos na escola para nos obrigar a estudar em casa – junto às janelas, cujos vidros tornavam-se embaçados pelo contraste entre as temperaturas interna e externa, desenhávamos a dedo.
Nossa casa, nove irmãos dentro dela, tudo fechado para proteger-nos do frio, da chuva e do vento, transformava-se, qual um grande ambiente de banheiro com água quente ligada por muito tempo. E, após algumas horas, a água escorria em finos filetes, pelo lado de dentro das vidraças, nos atrapalhando, na arte de manter nossas “pinturas” com suas formas originais.
Mas, poucas opções disponíveis para outras atividades, mantínhamo-nos atentos, apenas obrigados a trocar de vidro, e, algumas das vezes, num repente de raiva, a apagar totalmente a figura desenhada. Como, àquele tempo, as casas possuíam grandes janelas, e, cada uma delas, vários vidros, o segredo era apossar-se logo da maior, dispondo de mais “telas” para trabalhar.
Já, no verão, quando caiam os temporais da tarde, com muito vento e água trazidos, principalmente, pelo “lestão”, ao principiarem, nos resguardávamos, afinal grandes árvores eram arrancadas, ou grandes troncos despencavam, além de trovões e raios que rasgavam o céu em assustadores desenhos. Mas, temporais no Guaiba são rápidos. Lestão é o vento terral para quem mora na zona sul da cidade. E, junto com o vento norte, o que traz as chuvas.
Amainando a chuva, nos sobravam a garoa e a água, muita, fluindo pelas bordas das ruas, ainda calçadas com paralelepípedos, o que nos permitia a diversão imediata. Pequenos pedaços de madeira, o mais leve possível, passavam a ser nossos “barcos” nas corredeiras. E, em meio à corrida de pés descalços, acompanhávamos seus movimentos desconexos, evitando que parassem, contidos que fossem por qualquer obstáculo.
Hoje não estou em minha terra natal, hoje tenho filhos e netos, e hoje, desde a noite de ontem chove no Rio de Janeiro. Chove forte, mas não há nem o susto, nem a beleza dos raios e trovões. É uma chuva típica de nosso outono carioca. E que nos leva, já adultos e vividos, a sentir o quanto esta carrega de sentimentos, refletindo a vida que ajuda a gerar, ou, por vezes, sem que o queira, a destruir.
Há períodos em que cai com mais força, como fortes são as paixões humanas, arrebatadoras, por vezes irresponsáveis, e até cruéis. Há momentos em que fica amena, suave, quase imperceptível, qual a lágrima que escapa, no lance do amor, ou do gesto de afeto não correspondido, ainda que a tentemos impedir. Há minutos em que parece se revoltar, e num relance, como que trejeito de quem foi contrariado, da uma pancada, e se retira.
E, a chuva, como os sentimentos, pode deixar seqüelas. Caminhar sob chuva fina e passageira, volta e meia, ocasiona reflexos, com espirros, gripe, sinusites, até deixar-nos acamados. Já, contraditoriamente, ser pego por um indomável temporal, andar sob vento forte, pode nada causar. São similares, analógicas, as sobras de paixões, repentinas, pungentes, profundas, envolventes, ou as quase não percebidas, mas insinuantes, cujos estragos são reconhecidos só depois que estas se diluem, deixando em nós o sentimento e a dimensão da perda.
De toda forma, em nossos envolvimentos, quando somos surpreendidos, por cair nas armadilhas do amor, fundamental, termos forças e recursos de mente para sairmos dos redemoinhos. Ao momento em que as chuvas iniciam seu processo de retirada, nuvens menos carregadas, vislumbrando o sol, se atentos, conseguimos captar o arco íris. É por ai que hoje, neste dia de outono carioca, me debruço sobre os pensamentos, e fico a divagar sobre o que somos cada um, e sobre nossas reações, quanto a receber, entender, e decifrar a chuva.... os sentimentos... a vida.


quarta-feira, 8 de maio de 2013

Do Amor, do Ardor!

Não olhemos, um para o outro, com os olhos voltados ao “passado, que era tão bom”. Ninguém vive de emoções já vividas. Relembrá-las, neste caso, só ajudará a criar mágoas e não é o que se deseja. É preciso romper com esta mesmice estabelecida, e permitida por ambos! Nada de novo vai acontecer se ambos ficarem a esperar um pelo outro.
Temos que buscar recuperar o ardor! Reacender as paixões. A mulher deve cultivar sua beleza (que não é só física), intuição, carinho, afeto e ternura. O homem, buscar o cavalheirismo, determinação, iniciativa, atenção e coragem. A intuição feminina, aliada à coragem masculina, vai gerar resultados que trazem novas e encantadoras descobertas. Ainda que, por vezes, por questões de características pessoais, estes possam se inverter.
Nada impede que o homem use sua intuição, e que a mulher deva reagir cheia de coragem. O importante é que encontrem o caminho para retomar o amor em toda sua plenitude. Trata-se de recompor a paixão e buscar o êxtase. Mistério, aventura e assombro, a imaginação, e novos desafios, são componentes sutis desta busca, que se mescla em tocar e ser tocado, ver e ser visto, fazer e permitir que o façam conosco, dar carinho e receber carinho, provocar e ser provocado.
Quanto tempo faz que vocês não viajam sós? Uma viagem para restabelecer a cumplicidade, para se curtirem juntos, para se permitirem “esquecer do mundo lá fora”? Para voltar a sentir a magia e o prazer de curtir-se mais. Não há fórmulas mágicas. A cada dia vemos mais livros e revistas a falar sobre os “segredos” para redescobrir-se no amor. A cama, por exemplo, é dividida ou compartilhada? Se for dividida, nada bom. Compartilhá-la significa “usá-la” em função de algo bom para os dois.
Cama é lugar para se refazer das mazelas da vida. É lugar para sonhar, não só ao dormir. E este sonho deve ser vivido, desenvolvido a dois, trabalhado, para que seja melhor a cada dia. E isto não é impossível. Não sem motivo, a cama é lugar de intimidade. Ser íntimo é reconhecer no outro suas necessidades, não só do sexo, mas da vida como um todo.
Ser intimo é possuir sintonia, sentir o bem-estar ou o mal-estar do outro. Ser íntimo é estabelecer uma troca contínua de energia positiva. Ser íntimo envolve fazer sexo, mas não apenas isso, como fazê-lo com prazer e com a preocupação de proporcionar prazer ao outro. O gozo solitário não é um ato de amor. Amar pressupõe entrega, que é abdicar de suas reivindicações. Porque no amor, a melhor forma de reivindicar é levar o parceiro a perceber e entender nossos gostos e anseios através do que lhe ofertamos.
Da mesma forma que ensinamos a criança a beijar, beijando-a, ensinamos e sugerimos ao nosso parceiro aquilo que gostamos, praticando nele o que desejamos que pratique em nós. Ao momento em que cada um se libera e demonstra seu gostar, naturalmente se estabelece um “diálogo”, em que, através de atitudes, você se expressa, comunicando “veja bem, é assim que eu gosto”, “é desta forma que você pode me agradar também”, “é este o caminho para meu prazer”, “assim você consegue que eu me libere e me entregue”.

Amor, Amigos e Manipulação

Pessoas manipuladoras agem, predominantemente, atacando às outras, para justificar sua opinião, tentando desprestigiá-las em público, permanecendo em silêncio, ou mostrando desinteresse e impaciência, dando a impressão de querer que possíveis visitas se retirem o quanto antes, impedindo a presença de amigos, ou indo, ostensivamente, fazer outra coisa, esquivando-se de compartilhar com eles. Segundo Isabelle Nazaré Aga, tentativas de contra manipulação devem ser verbalizadas, de forma a impedir a instalação do terrorismo.
Pessoas indiferentes às tentativas de manipulação, ou provocações de alguém, são as que conseguem não entrar do jogo do manipulador. Ameaças, ataques, críticas, ou qualquer outro meio de desestabilização emocional não detonam  medo, desconforto ou intimidação em pessoas que não se deixam abater por estímulos negativos. Ou, serão aquelas que aprenderam a se defender por já terem convivido com manipuladores. Estes, aliás, se afastam rapidamente daqueles que escapam a seu poder.
Para o manipulador é fundamental sentir-se superior e no controle da relação, o que não acontece quando alguém não reage às suas provocações. Diante disso, é bem provável que, quando um parceiro manipulador perceber que o manipulado começa a agir diferente, e já não entra no seu jogo como antes, comece a pensar em se afastar. Esta é uma idéia que se fortalece, à medida que o comportamento do outro se cristaliza. É preciso ter em mente que é praticamente impossível despertar amor verdadeiro em um manipulador,  ou ser feliz a seu lado.
Envolver-se emocionalmente com pessoa deste tipo é conviver com grande risco para a auto-estima e para a própria liberdade. O parceiro manipulador, aos poucos, se coloca como líder do relacionamento, sufocando o outro, ao mesmo tempo em que se mostra cada vez menos amoroso, gentil e capaz de manter o respeito e o afeto que deram origem à relação. Fortalece-se, essencialmente, enfraquecendo o ego de sua vítima.
Mas, o exercício da manipulação é ainda pior na esfera amorosa, porque o manipulador atua de forma insaciável, sempre disposto a minar a autoconfiança do parceiro, transformando-o em mera muleta, na qual se apóia para viver. Além de agressões verbais, críticas, e atitudes de falsa surpresa diante de um erro, ele também faz tudo para afastar o parceiro dos amigos e da família, de modo a criar o vazio em torno do outro.
Consegue enfraquecer a rede de amizades do companheiro e, principalmente, afastá-lo de amigos anteriores à sua união. Muitas vezes, não o proíbe abertamente e, aparentemente, pode encorajar o parceiro a ter amigos. Mas o fará só aparentemente. Quando isso acontecer, dará um jeito de detonar a amizade e de se mostrar desagradável, fazendo com que o parceiro sinta-se cada vez menos à vontade e acabe por afastar-se de todos.

terça-feira, 7 de maio de 2013

Um pouco de mim (II)

O Brasil é formado de muitos Brasis. E, em cada um deles – principalmente antes da fase da globalização, da televisão com alcance nacional, da internet - se falava, se pensava, e se assumiam comportamentos extremamente diferenciados. Provavelmente, mais que qualquer escola ou faculdade que eu tenha cursado, minha melhor e mais completa universidade tenha sido a vida que vivi, os caminhos que percorri, e o que aprendi com as pessoas, por vezes os mais simples, os menos letrados, os socialmente mais despreparados. Viajar gera uma visão mais aberta da vida, uma facilidade natural para entender, uma mente mais preparada para enfrentar possíveis desavenças. E, acima de tudo, nos faz desenvolver a qualidade de ouvinte, vez que a cada dia estamos nos defrontando com algo novo. É o novo que desafia. É o novo que exige crescermos. É o novo que leva a ponderar antes de opinar. Ao mesmo tempo, é a chance de buscar o novo, a oportunidade de descobrir, que nos leva a correr atrás dos grandes desafios.  

Em certa ocasião – destas em que se é pego totalmente de surpresa, sem qualquer prévio aviso, e sem tempo para preparar-se - fui convocado pela faculdade em que lecionava, para substituir um colega professor escalado para ministrar um curso sobre meditação. Fácil imaginar minha reação inicial, vez que minhas matérias padrão eram para os cursos de Administração e Turismo. Era-me totalmente familiar discorrer sobre Gestão e Liderança, sobre Planos de Cargos e Salários, sobre Gerencia de Projetos, sobre Roteiros Turísticos, sobre Hotelaria, sobre Turismo Ecológico, e assim por diante. Mas, sobre meditação, minha experiência nunca ultrapassara a mísera e limitada intenção de – como qualquer leigo - conseguir pensar mais profundamente, mais detidamente, com mais calma, sobre algo que estivesse a me preocupar, ou a merecer uma atenção maior. Resumindo, planejar as coisas de modo a dispor de local minimamente aprazível, preferivelmente silencioso, onde corresse pouco risco de interferências externas, e que me permitisse envolver-me comigo mesmo de uma maneira mais inteira.

Mas, encarei o desafio. E, na hora prevista para a primeira aula, lá estava eu frente a uma turma com mais de trinta pessoas. Baseado no programa que recebera, e usando basicamente minha vivência, tomei coragem e fui desfiando orientações básicas. Porque buscamos meditar? O que nos leva a sentir esta necessidade? Como podemos nos educar, e preparar mente e corpo para atingir um estágio minimamente adequado a pensar de forma mais e(n)levada. Como, frente a problemas que nos atormentam, a situações que nos afligem mais profundamente, conseguir a paz necessária para olharmo-nos, como se estivéssemos “fora de nós mesmos”? Enfim, como conduzir-se com isenção ao avaliar, predominantemente, algo em que somos nós uma das faces da moeda? Sem dúvida, a grande luta a travar, é conseguir ser juiz de si mesmo. E, mais que isso, após “meditar”, decidir ou concluir com justiça, sem benevolência, sem “puxar a sardinha para nosso lado”.

Desta experiência, uma história me ficou gravada para sempre. A de uma jovem, em torno dos vinte e quatro anos, que se julgava traumatizada devido ao fato de receber pouca atenção em casa. A mãe, moderna, vaidosa e envolvida com frivolidades, pouco dialogava com ela. Mal a escutava. Podia-se dizer que – na verdade – não a ouvia, tal o nível de descaso com seus problemas. O pai, executivo de uma grande empresa, vivia o trabalho, e a família era apenas um apêndice. Acreditava que, com seu dinheiro farto, com o que propiciava de bens materiais, cumpria seu papel. Então, ela, a filha, vivia enclausurada em sua “solitária de luxo”, tentando, fora de casa, encontrar um ombro amigo. Ombro que, enquanto durou nosso curso sobre “meditação”, foi estruturado na atenção que lhe passei, na oportunidade de falar livremente sobre seus sonhos, anseios e desencantos, tentando orientá-la, bem como indicando-lhe como descobrir que podia “andar com as próprias pernas”.

De certa forma, a partir destas constatações, estão baseados os propósitos de meu blog. Ouvir as pessoas, ao passar-lhes parte da vivência que fui acumulando, de maneira que, ao lerem o que vou postando, consigam sentir-se escutadas, identificando anseios, encontrando saídas, vislumbrando opções para tomar seu rumo. E, de minha parte, poder ajudar a cada um a que este rumo seja o trajeto mais curto, ou o mais sensato, para atingirem seus sonhos. Sob meus pontos de vista, não podemos viver sem sonhar, não podemos sonhar se não nos amarmos e respeitarmos nossos sentimentos mais autênticos. Pelo que vi, e ainda vejo, temos que saber desenvolver admiração por aquilo que somos, o que leva a adquirirmos confiança e impor respeito. Quiçá sejam estas as principais armas com que contemos para enfrentar o convívio com as pessoas e o mundo. Convívio que poderá ser mais ameno, na proporção em que nos conheçamos melhor a cada dia, e obtenhamos o ponto de equiilíbrio na transmissão de nossa concepção do que seja o viver.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Felicidade e Dignidade caminham juntas


Felicidade é algo que exige trabalho e dedicação. Todos nos queixamos de trabalhar muito, mas é o tédio que gera apatia e tristezas. A rotina cansa mais que a ocupação, já que esta nos mantém alerta, nos ajudando a crescer e manter a dignidade. A inatividade deprime, e gera um tempo cada vez maior e mais cansativo de enfrentar. Nosso interesse desaparece quando não possuímos motivação para levantar. As horas passam a ser um pesado fardo a carregar. Não basta ter família, amigos, alguns bens e dinheiro.Só quando compreendemos nosso valor como seres humanos, quando descobrirmos nosso espaço, quando nos reconhecermos como portadores de potencial intelectual e afetivo, é que podemos começar a desenvolver o senso de dignidade. Nem todos transmitem esta mensagem. Dependendo dos problemas e das dificuldades enfrentadas, nos convencemos de que não possuímos o necessário para enfrentar a vida. Poucos são os que nos animam a tentar, a arriscar. Raros nos mostram que somos especiais ou nos abrem perspectivas para que enxerguemos nossos eus não descobertos.Precisamos descobrir o que sucedeu com nosso orgulho. Não o orgulho que diz respeito a arrogância e vaidades. Não o orgulho que serve para incentivar a auto-importância, mas aquele que ajuda a elevar o auto-respeito, altas expectativas e valores maiores em relação a nós mesmos, que nos traz uma consciência adequada de nosso próprio mundo. Orgulho de cuidar de nosso recanto mais pessoal, de sentir-nos bem com o que possuímos, de buscar e criar alegria em tudo que nos rodeia, de sorrir para todos, de refletir o que somos.Porque alguém junta lixo na rua e o deposita em algum local adequado? Porque alguém planta uma árvore em sua rua, ou quintal? E porque a cuida, para que cresça viçosa? Porque a poda, caso seus galhos tomem formas ameaçadoras? E porque aduba o solo em sua volta, se preciso? Quiçá o faça, e é bem provável que assim seja, porque tem orgulho do lugar em que vive. E, se quiser que continue belo, respeitado, e admirado pelos outros, continuará a fazê-lo. Atitudes deste tipo refletem nos outros.Mas, o mais importante, é que, quem age assim, o faz por si mesmo. Trata-se de gestos que transmitem, nem sempre de forma consciente, o que desejamos mostrar que somos. Mas o fazemos, principalmente, pensando em nós mesmos. Não temos que nos preocupar, em primeira instância, se dão ou não importância àquilo que demonstramos ser. Sabemos que é mais fácil criticar do que construir, então, sejamos construtores. Este é o primeiro passo para que nos orgulhemos de nós mesmos.Devemos sentir-nos produtivos. Ter uma atividade recompensa, nos aproxima de pessoas, nos traz a vida de volta, exige experimentar coisas novas, e deixa a sensação de recebermos algo em troca. E o homem é um ser que necessita sentir-se recompensado. Só pensar, planejar e sentir, não resulta em benefício se não traduzir uma finalidade real de agregar algo. Trabalhar não é um mal necessário. A vida ganha verdadeiro significado, os prazeres propiciados ganham sabores distintos, gerando animação e resgatando a dignidade.