Impossível, eu que tenho o hábito de escrever sobre vida, amor, sonhos, entendimento, e busca de ideais, tentar manter-me em meus temas prediletos. Estou – como estamos todos – estupefato com o que vejo em nosso Brasil, privilegiado pela natureza, mas transfigurado em um oriente médio medieval.
Assim é que nada me resta, além de divagar sobre significados, todos atinentes ao quadro de horrores que passou, de alguns dias para cá, a ser a rotina de nossos noticiosos, mesmo quando estes são dominados pela tendência – oficial, diga-se - a esconder ou a maquiar a realidade. Voltamos sim, aos tempos das cavernas.
Optaram, os que compõem a máfia do poder, por impor-se à custas de recursos aos quais já havíamos arquivado em nossas memórias. E aplicam a Truculência: Característica ou particularidade daquilo que é brutal; que denota grosseria; atrocidade. Ação que demonstra excesso de violência ou crueldade.
O Vilipêndio é a regra – não clara – de tentar calar a voz do povo, que se mostra, para surpresa dele próprio, indignado. Ação orquestrada de fazer com que alguém seja humilhado; provocar seu rebaixamento e desvalorização. Esta lei – dos mais fortes - é um vilipêndio contra os Brasileiros, com completa ausência de consideração. Tornamo-nos os “inimigos” da vez.
Como vândalos, “tribos” de pm’s seguem ordens espúrias! E como vândalos contribuem para o declínio – para a desmoralização - de nossa frágil democracia. Os vândalos, personagens da história, provavelmente não eram mais destruidores que nossos bárbaros modernos, pois são estes os que destroem, sistematicamente, na busca de arruinar o que ainda nos resta de mais valioso.
Canalhice, é como podemos designar esta tentativa de roubar-nos o direito de defender nossos pensamentos. Sim, o que temos visto e sofrido, é ação própria de canalhas. Estão, os que “comandam” nossas metrópoles, esquecendo de levar em conta moral e honestidade. A barbárie, prova inconteste da falta de civilização, é retratada na crueldade, e na ferocidade praticadas.
Sim, o que ocorre é um composto enojante de atrocidades, desumanidade, sevícias, e impiedade. A tentativa de tornar normal, de não sentir nem demonstrar culpa pelo cometido, de não se arrepender, exibe, torna gritante, a alucinação de nossos “fuhrer’s”, enclausurados em suas casamatas. entendendo que fazem o absolutamente normal.
Covardia é um vício que reflete falta de coragem, medo, timidez, poltronice; fraqueza de ânimo; pusilanimidade ou, ainda, ânimo traiçoeiro. É o oposto de bravura e de coragem. É algo que te força a não tentar, a não lutar por simples medo, por indecisão, por fraqueza. Te induz a deixar de fazer algo, desistir, abandonar ideais, pela falta de confiança em si próprio.
Ao longo de nossa história temos sido traidos de maneira constante! E isto gerou a decepção, e o repúdio que, agora, movem o andor das manifestações. Traição é tipo de ato de insuportável deglutição. Na forma como é adotada – sistemáticamente – no Brasil, só pode gerar rupturas. E, a falta de fé, o engodo da confiança não correspondida, chegou a limites insuportáveis.
O que menos importa agora é se esta tortura vai nos impor dor física ou psicológica. A crueldade adotada, nas tentativas de intimidação, qual punição dos tempos da ditadura, para obter confissões, é retrato falado do prazer daqueles que – hoje – tornaram-se nos torturadores de plantão. Há “filintos muller” entronizados em palácios de governo. E possuem o nazismo nas veias.
Déspotas! Entre os antigos, aqueles que exerciam o poder soberano, sem direito à sucessão e sem investidura regular. Mas, em nosso mundo de hoje, não há lugar para a tirania! Estes podem chegar ao poder de forma democrática, por iludirem o povo incauto. Mas, após algum tempo – como ocorre neste momento - mostram a cara, tornando-se ditadores no sentido explícito.
Ignóbeis senhores feudais, que vivem como viúvas, usufruindo de suas fortunas amealhadas sem pudor, mas sem nobreza. Desprezíveis; vis, baixos, abjetos, asquerosos, desprezíveis, imundos, nauseabundos, nojentos, repelentes, sujos, sórdidos, e torpes. Ladrões, bandidos, criminosos, delinqüentes, punguistas de plantão, corsários aventureiros, velhacos, estelionatários, salafrários, aves de rapina.
Acostumaram-se a chafurdar na corrupção. É a devassidão dos costumes. Crápulas, que ao longo de anos, recriaram as Capitanias Hereditárias! E, hoje, as temos, muito nitidamente implantadas, na Bahia, no Maranhão, no Pará, apenas para usar alguns exemplos. Simples a proposta. Hoje eu tomo conta, mato, usurpo, me privilegio do poder que disponho. Passado algum tempo, meus herdeiros recebem o império já “lavado”.
E os pequenos biltres, ainda sentem-se no direito de encher os pulmões e se auto-intitularem homens de bem! Nada mais tranqüilo e nefasto. A nós, homens comuns, que de fato trabalham e constroem o país, as migalhas. Uma vida de trabalho, a vergonha de pensões irrisórias, e as infindáveis filas de hospitais inóspitos. E, últimos anos de vida, a triste consciência de pouco ou nada ter a fazer.
É contra isto tudo que, agora, o Brasil vai às ruas. Sim, as ruas, que são a “maior arquibancada”. Insólita situação a que chegamos. Nunca um slogan enquadrou-se tão instantaneamente, tão sob medida, ao que se passa na sociedade. Mas é bastante simples: o povo está cansando das Maria Antonietas, e não tem como comer os brioches. Há, por um lado, a descoberta de que se pode contestar, e por outro um vasto arrazoado de motivos para fazê-lo.
É por ai, minha cara Presidenta Dilma. É chegado o momento de consagrar-se ou naufragar de forma solenemente trágica. Você pode sim, ainda que contrarie as expectativas predominantes, assumir seu lugar nesta passeata. E voltar às suas origens de luta, em meio aos braços do povo, clamando pelo Brasil que um dia sonhou. Ou, usar o silêncio da cumplicidade, manter-se aliada à súcia, e cometer o suicídio político.
O cenário está armado. Os próximos atos nos levam a um ano de eleições. A impressão que temos todos é de um cansaço geral com o engodo já tornado histórico. Somente algo novo poderá trazer perspectivas de um horizonte mais ameno. Mudar este quadro, ajustar estas tendências, retomar sua luta após alguns anos, agora sob intensos refletores, é decisão pessoal e intransferível, além de inadiável.
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